O primeiro reajuste tarifário anual da Energisa Sul Sudeste, após o agrupamento de cinco concessões de distribuição do grupo Energisa em abril desse ano, foi aprovado pela Aneel e terá efeitos diferenciados para os clientes das antigas empresas. O reajuste será aplicado a 764 mil consumidores em 83 municípios do interior de São Paulo, Minas Gerais e Paraná, e vai vigorar a partir de 12 de julho.

Esta será a única vez em que as tarifas da nova distribuidora serão definidas de forma separada por empresa. Para a Caiuá Distribuição de Energia o efeito médio será de 2,13%, com 0,64% para os consumidores em baixa tensão e 6,35% para o segmento de alta tensão. A Empresa Elétrica Bragantina terá -10,32% em média, com -11% para a baixa tensão e -9,19% na alta tensão; a Empresa de Distribuição de Energia Vale Paranapanema -1,46 % em média, com efeito de -2,37% na baixa tensão e 0,70% na alta tensão; a Companhia Nacional de Energia Elétrica terá 5,52% de aumento médio, com 4,77% de efeito na baixa tensão e 7,85% a alta tensão; e a Companhia Força e Luz do Oeste terá -0,60% em média, com impacto de  -7,54% na baixa tensão e de 13,01% na alta tensão.

O processo de fusão reuniu em uma só área de operação todas essas distribuidoras, que foram  incorporadas pela Caiuá a partir de 1º de julho. As empresas pertenciam ao antigo grupo Rede e foram adquiridas pela Energisa em abril de 2014.

A fusão de empresas de distribuição pertencentes a um mesmo controlador está prevista em lei desde 2013. As condições para que o agrupamento seja feito foram regulamentadas pela Aneel no ano passado e levam em consideração “potenciais ganhos de eficiência técnica”, de abrangência e de escala. A Aneel aponta como potenciais benefícios redução da ociosidade das equipes de manutenção; captação de recursos financeiros com encargos menores;  ganhos na compra de equipamentos e materiais; racionalização de processos administrativos e operacionais.