A agência de classificação de risco Fitch atribuiu nesta terça-feira, 11 de julho, rating nacional de longo prazo AA+ (bra) à Omega Geração, com perspectiva estável. O rating ‘AA’ denota uma expectativa muito baixa de risco de inadimplência, indicando capacidade muito elevada de pagamento de compromissos financeiros.
Segundo a Fitch, o rating atribuído reflete a complementaridade de diferentes fontes de geração e a maturação dos projetos detidos pela Omega, bem como o histórico positivo de geração de energia dos projetos existentes. A estrutura de dívida no âmbito dos projetos é padrão para ativos desta natureza, onde a exposição a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) é considerada uma fraqueza. Não há endividamento no âmbito da holding.
No cenário de rating da Fitch, os Índices de Cobertura do Serviço da Dívida consolidados mínimo e médio resultam em 1,2 vez e em 1,6 vez, enquanto o break-even de produção de energia é de 83% da estimativa P-90 de dez anos, consistentes com os ratings nesta categoria para projetos de energia renovável 100% contratados.
Desde 2010, a carteira da Omega tem sido composta apenas por projetos operacionais. O risco de completion e ramp-up é inexistente ou mitigado por meio de garantias bancárias. Os serviços de O&M são providos pela GE, Vestas e Steag para os projetos eólicos e pela GE, Andritz, Hisa e Weg no caso das PCHs, a preços fixos ajustados por inflação. Cada projeto individualmente se beneficia de conta reserva de O&M de três meses como forma de liquidez adicional.
Dívida – A Omega não tem dívidas financeiras. O veículo de investimento tem a prerrogativa de contrair dívidas, mas de acordo com a sua administração, a companhia não tem a intenção nem é incentivada a fazê-lo, dado que os financiamentos ocorreram no âmbito das Sociedades de Propósito Específico (SPEs), onde as condições e as taxas são mais favoráveis.
Todos os projetos contêm financiamentos corrigidos pela TJLP, o que representa um ponto fraco na estrutura destes, em função do descasamento com os índices de reajuste das receitas. Atualmente, a Omega garante os financiamentos do projeto eólico Delta 2, mas não há expectativa de garantir outras obrigações financeiras no futuro. Todos estes financiamentos no âmbito das SPEs são seniores, com garantias reais e dependem unicamente do fluxo de caixa operacional gerado pelos projetos eólicos e hídricos detidos pela Omega.
A Omega Geração é um veículo de investimento não-operacional criado em 2007, que consolida os projetos renováveis operacionais do Grupo Omega. Em junho de 2017, o portfólio da Omega era composto por 82,5MW de pequenas centrais hidrelétricas e 172,9MW de projetos eólicos. Os projetos estão espalhados por cinco estados brasileiros. Até o final de 2017, o portfólio total deve atingir 476,2MW com a inclusão do projeto eólico Delta 3.