A Nova Engevix, nome adotado pela construtora Engevix após um processo de reestruturação, utilizou-se do MCSD para rescindir todos os contratos da UHE São Roque (SC, 141,9 MW) negociada no Leilão de Energia Nova A-5 realizado em dezembro de 2011 e cujas obras estão paralisadas. À época foram vendidos 81,8 MW médios que deveriam começar a se entregues em janeiro de 2016. Contudo, a empresa não desistiu do projeto e tenta viabilizar o investimento por meio de um parceiro no projeto.
De acordo com a Engevix, “a São Roque aderiu ao MCSD instituído pela Aneel para o mercado regulado e a totalidade da energia a ser produzida pela UHE São Roque restou livre para ser comercializada no mercado livre por tarifas melhores do que aquelas que haviam sido obtidas no ACR”.
Segundo a empresa, essa medida nada tem a ver com a implantação do projeto, para o qual estão sendo buscados novos parceiros. E acrescentou que as negociações estão bastante adiantadas, prevendo para breve “a plena retomada das obras, que foram paralisadas quando estavam com um avanço físico de 80%”. A empresa esclareceu ainda que os equipamentos e demais instalações vêm sendo mantidos em perfeitas condições, seguindo protocolos ajustados com os fabricantes, permitindo que a retomada se dê sem nenhum contratempo.
Em seu site, a Engevix destaca que que essa UHE é o principal ativo da Nova Engevix Participações. Localizada no rio Canoas, entre os municípios de Vargem e São José do Cerrito, há aproximadamente 320 quilômetros de Florianópolis (SC). A Engevix Construções, Engenharia e Montagens S/A é a responsável pela construção através do contrato na modalidade EPC, incluindo o projeto básico, projeto executivo, aquisições, subestações, linha de transmissão, montagem e comissionamento dos equipamentos eletromecânicos.
O contrato de concessão nº 01/2012 foi assinado em 20 de agosto de 2012, com prazo de 35 anos, as obras foram iniciadas em novembro de 2013 e estão temporariamente paralisadas. A geração anual será de aproximadamente 800 gigawatts-hora (GW/h). No leilão da usina foram negociados 818 lotes de energia ante uma garantia física de 90,9 MW médios. O preço do lance foi de R$ 91,20/MWh e o investimento que estava previsto à época do certame era de pouco mais de R$ 652 milhões.