A área de energia elétrica apresentou o maior crescimento nas aprovações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social dentre todos os setores da economia que são apoiados pela instituição, no comparativo entre os primeiros seis meses de 2017 e 2016. De acordo com os resultados semestrais do banco, divulgados nesta terça-feira, 18 de junho, o volume de recursos aprovados para projetos do setor elétrico, abarcando especialmente os segmentos de geração e de transmissão, aumentou 108% entre janeiro e junho deste ano frente ao mesmo período de 2016, totalizando R$ 7,613 bilhões.
Nos 12 meses findos em junho último, o crescimento nas aprovações para energia elétrica ficou em 20,1%, chegando a R$ 13,656 bilhões. Os desembolsos do BNDES para projetos elétricos também apresentaram expansão significativa no primeiro semestre, de 42%, atingindo um montante de R$ 6,486 bilhões – o maior em relação aos demais setores financiados pelo órgão de fomento estatal e mais da metade dos R$ 12,113 bilhões desembolsados para toda a área de infraestrutura. No corte anual encerrado em junho deste ano, os desembolsos para o setor elétrico ficaram em R$ 11,512 bilhões.
De acordo com o superintendente da área de Planejamento e Pesquisa do BNDES, Fábio Giambiagi, o significativo crescimento nas aprovações de projetos elétricos entre um semestre e outro, bem como o aumento representativo no volume de recursos desembolsados para o setor, se deve principalmente à participação da instituição em empreendimentos ligados a fontes renováveis. “O BNDES vem elevando sua presença em projetos de geração de energia limpa no país, notadamente em geração eólica, cujo crescimento vem sendo suportado, em boa medida, com o apoio do banco”, destacou.
O maior projeto elétrico aprovado pelo BNDES no primeiro semestre somou R$ 2,56 bilhões, direcionado a um dos sistemas de transmissão da hidrelétrica de Belo Monte – uma linha de 2.092 km passando pelos estados do Pará, Tocantins, Goiás e Minas Gerais. Já na área de geração de energia por meio dos ventos, todas as aprovações do banco somaram R$ 2,563 bilhões. Este montante envolve a construção de cinco complexos eólicos nos estados da Bahia, Ceará e Rio Grande do Sul com capacidade instalada total de 741,5 MW, uma produção equivalente ao consumo de 1,580 milhão de residências.
Ainda neste ano, o BNDES aprovou o seu primeiro financiamento envolvendo energia solar fotovoltaica, totalizando R$ 529,039 milhões. O recurso será utilizado na construção do Complexo Solar Pirapora, em Minas Gerais, que contará com cinco usinas e uma potência instalada total de 150 MW. O segmento de biomassa recebeu uma aprovação de R$ 35,3 milhões do banco, voltado à viabilização de uma usina termelétrica movida a casca de arroz no Rio Grande do Sul. O BNDES fechou ainda, em abril, um contrato de US$ 300 milhões com o New Development Bank para investimentos em geração renovável.