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Há pouco menos de 10 dias a Genus Energia foi oficialmente lançada ao mercado como uma  consultoria especializada em suporte regulatório às empresas, sejam consumidores ou geradoras. A empresa, sediada em Bauru (300 km da capital paulista) já vem desenvolvendo suas atividades há mais tempo, tendo começado com um projeto de P&D de um cliente, e agora que se apresenta ao mercado quer atender a uma gama mais ampla de serviços onde a geração distribuída tende a ser o maior nicho de atuação.

A companhia foi fundada por dois executivos com experiência no setor elétrico.  Um dos sócios  é Fábio Mangile que ocupou o cargo de gerente de regulação por 12 anos no grupo AES Brasil, entre outras funções. O outro é Renato Mendes, que atuou como consultor na Thymos Energia, empresa de onde, conta ele, está se desligando aos poucos.

Ambos estão otimistas com o momento que o setor elétrico vive onde há uma perspectiva de importantes mudanças nas regras. Entre elas a que visa a ampliação do mercado livre de energia. Na avaliação de Mangeli, o novo modelo abre um leque de opções sim para a Genus, algumas mais de curto prazo e outras ainda em um horizonte mais longo. “Inclusive, pretendemos contribuir com a consulta pública”, lembrou em entrevista à Agência CanalEnergia.

“Hoje ainda não temos  autorização para atuar com uma comercializadora de energia tradicional, mas essa é uma possibilidade no futuro”, confirmou Mendes. A Genus, contou, ainda está em busca de uma maior robustez financeira para entrar com pedido para atuar como comercializador varejista, uma das portas que a proposta do novo modelo abriu já que se pretende colocar todos os consumidores de carga de até 1 MW sob o guarda chuva dessa figura.

Essa almejada robustez que foi citada está calcada nos serviços atuais da companhia. Nesse sentido está a intermediação entre os geradores e os consumidores e dos consumidores com as distribuidoras para sua conexão à rede. Hoje um importante nicho que a companhia vem explorando é o da construção civil, onde a consultoria fornece suporte e todo o acompanhamento até a efetiva conexão com todos os seus meandros burocráticos. A atuação ainda passa pelos demais relacionamentos que o agente precisa ter como com a CCEE e Aneel, explicaram os fundadores.

No escopo do trabalho apontaram ainda ações de eficiência energética, assessoria na hora de contratar energia. Os clientes são corporativos de pequeno, médio e grande porte. Mas a questão da GD é que deverá permear as ações da Genus nesse período, até porque, explicaram, é onde se obtém maior rentabilidade. Em primeiro plano está a conversão de usinas já existentes em GD que pode mudar conforme avance a audiência pública nº 37 na Agência Nacional de Energia Elétrica que poderá impedir a conversão essas usinas existentes para a modalidade GD. Mas mesmo que isso aconteça, apesar da limitação que essa regra deverá impor há um mercado de grande escala já que há apenas pouco mais de 11 mil unidades no país inteiro.

“Nosso plano é o de ser uma empresa de solução de energia elétrica, atuar como um facilitador do cliente ao fornecer apoio par AA sua tomada de decisão”, definiu Mangeli.

A decisão de fundar a empresa em uma cidade que fica a cerca de quatro horas de São Paulo é explicada pelo fato de ambos terem suas famílias na cidade. Contudo, explicam que a geografia não é limitador para a atuação, tanto que já prospectam clientes não somente no interior paulista, mas também em outros estados.