A Cemig finalizou, na última sexta-feira, 21 de julho, uma ação de combate a ligações irregulares e clandestinas na avenida Abílio Machado, no bairro Alípio de Melo, região Noroeste da capital mineira. Nessa atuação, os técnicos inspecionaram cerca de 25 medidores de consumo de energia e encontraram suspeitas em estabelecimentos comerciais. Os equipamentos suspeitos foram retirados e levados para perícia técnica no laboratório da companhia. Além disso, foram feitos cerca de 2 mil cortes por inadimplência.

Desde o segundo semestre do ano passado, a Cemig intensificou o combate às ligações irregulares e realiza, a cada 15 dias, mutirões para minimizar o prejuízo anual de aproximadamente R$ 300 milhões com furto de energia. De janeiro a meados de julho deste ano, a companhia inspecionou 41.089 unidades consumidoras com suspeitas de irregularidades. De acordo com gerente de Gestão e Controle da Medição e das Perdas Comerciais da Cemig, Marco Antônio de Almeida, as ligações irregulares acontecem em todos os setores da sociedade. Segundo ele, o prejuízo é rateado entre a Cemig e todos os consumidores adimplentes, diminuindo os ganhos da distribuidora e encarecendo a tarifa para aqueles que usam a energia de maneira honesta.

Ainda segundo o gerente da Cemig, a tarifa dos consumidores mineiros poderia ser até 5% mais barata se não houvesse ligações irregulares e clandestinas na área de concessão da Cemig. Por isso, ela investe em operações e possui, ainda, um centro de inteligência que acompanha o consumo em tempo real de todos os seus clientes. A distribuidora utiliza softwares de inteligência para seleção de alvos e o monitoramento à distância do consumo de grandes clientes. Por meio do Centro Integrado de Medição, é possível identificar instantaneamente qualquer anomalia no padrão de consumo de energia desses grandes clientes – aproximadamente 13 mil, que representam cerca de 45% do faturamento da Cemig – e enviar equipes de campo para regularização das fraudes.

As ligações irregulares e clandestinas representam a segunda maior causa de mortes com eletricidade no Brasil, atrás apenas de acidentes fatais na construção civil e manutenção predial. O risco de acidentes decorre da falta de padronização e de proteção adequada das ligações ilegais, que muitas vezes deixam os cabos de energia expostos.