O Sistema de Compartilhamento Inteligente (SCI) de veículos elétricos da Itaipu e seus parceiros ganhou mais uma estação na manhã da última segunda-feira, 24 de julho. O novo posto foi criado na Divisão de Transportes e tem vaga para quatro automóveis elétricos do tipo Twizy. Com ele, somam-se quatro postos de compartilhamento em todo complexo da usina. Até o fim do ano, o objetivo de Itaipu é duplicar este número, cobrindo toda a área da Central Hidrelétrica.

O SCI foi lançado em dezembro do ano passado pela Itaipu Binacional e pelo Parque Tecnológico Itaipu (PTI), em parceria com o Centro de Excelência para a Inovação da Indústria Automóvel (Ceiia), de Portugal, que começou em 2014 e hoje conta com vários projetos-pilotos em Brasília, Curitiba e Foz do Iguaçu. O sistema atende os colaboradores da Itaipu e do PTI que necessitem fazer deslocamento dentro da margem brasileira da usina. Toda a operação é feita por meio de um aplicativo para smartphone.

“Nosso objetivo é, até o final do ano, chegar a entre 250 e 300 usuários do sistema”, projeta Eduardo Fontes Silveira, da Assessoria de Mobilidade Elétrica da Itaipu, que ministrou um curso para 12 novos usuários do SCI, na segunda-feira. Segundo Eduardo, hoje há 160 pessoas já fizeram o cadastro no aplicativo Mob-i e já estão aptas a usar o sistema de compartilhamento.

Ao todo são quatro postos de compartilhamento, em diferentes edifícios internos da empresa: Transportes, Edifício de Produção, Central de Cadastramento e Escritório Central. Até o final do ano, será reativado o posto do PTI e serão criadas novas estações no Almoxarifado, na Coordenação e no Treinamento. O número de Twizys vai aumentar dos atuais 11 para 15.

Desde que foi lançado no final do ano passado, os veículos compartilhados Twizy já rodaram 7.633 km dentro da empresa. Foram usados em 863 ocasiões durante o período, com média de uso de uma a duas horas por saída. A maior parte dos trajetos de uso liga a Barreira de Controle ao Edifício de Produção.

Para Eduardo, o SCI ajuda a criar uma cultura de compartilhamento já bastante difundida na sociedade, como nos aplicativos Uber e Spotify em que se paga pelo uso e não pelo produto em si. De acordo com ele, no caso de Itaipu, esta cultura gera uma grande economia de manutenção da frota da empresa. A tecnologia também permite fazer um monitoramento do uso do veículo, como eficiência, quilometragem e indicadores de sustentabilidade, como por exemplo a quantidade de CO2 que o veículo elétrico deixou de emitir para a atmosfera.

O uso do carro é variado dentro de Itaipu. Silvia Frazão Matos, da área de Engenharia, por exemplo, vai utilizar o sistema para fazer a inspeção periódica em vários pontos da barragem. “Por meio do aplicativo, nós podemos agendar e ir até os locais com o Twizy”, disse a colega, que já tem prática no uso do quadriciclo. “Ele vai muito bem nas subidas”. Já Daniel Dias, da área de Manutenção, vai utilizar o Twizy para o trabalho diário do setor. “Temos que nos deslocar para fazer lubrificação de bombas, buscar EPIs ou pegar alguma peça no Almoxarifado”, exemplifica.