Uma política de desenvolvimento da matriz energética, levando em consideração a utilização do carvão, foi o assunto de uma reunião-almoço realizada na última segunda-feira, 24 de julho, no Palácio Piratini. Na oportunidade, o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, foi recebido pelo governador do Estado do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori e pelo secretário de Minas e Energia, Artur Lemos Júnior, além de deputados e outros secretários estaduais.

Sartori destacou o trabalho desenvolvido em conjunto com a Secretaria de Minas e Energia ao longo dos últimos dois anos e meio. “O Plano Energético, lançado quando o deputado Lucas Redecker ainda era secretário, foi o marco de uma série de ações que estamos fazendo para fomentar o desenvolvimento tecnológico, sem esquecer a preocupação com o meio ambiente”.

Durante o encontro, Lemos apresentou ao ministro o potencial das reservas de carvão do Rio Grande do Sul, bem como falou sobre a importância do Programa de Modernização do Parque Termelétrico Gaúcho. “As principais usinas termelétricas do mundo estão em processo de modernização, buscando reduções de emissões através da eficiência. Queremos utilizar novas tecnologias, adequadas aos parâmetros técnicos de uso sustentável do carvão”.

De acordo com Coelho Filho, as energias renováveis devem se estabelecer de vez no cenário nacional. Entretanto, o ministro entende que é preciso olhar todo o setor energético brasileiro. “Enquanto ministério, temos a obrigação de analisar o potencial do carvão. Falamos de milhares de empregos, que dependem dessa cadeia. Vamos criar um grupo de trabalho para debater o tema”. O ministro se mostrou sensibilizado pela manutenção da participação do carvão na matriz energética, que atualmente é de 3%.

Ministro Coelho Filho e Governador José Ivo Sartori na reunião

Para o deputado Alceu Moreira, que tomou posse como presidente da Frente Parlamentar do Carvão, o Estado está diante de uma grande possibilidade de alternativa econômica. “As tecnologias disponíveis permitem utilizar o carvão com dano reduzido. Precisamos fazer um esforço possível para manter o carvão na matriz energética”.

Após o encontro, eles se dirigiram para Butiá, onde sobrevoaram a região de mineração a céu aberto do Baixo Jacuí e conheceram as instalações da Copelmi Mineração Ltda. Sartori agradeceu a visita do ministro para conhecer o trabalho que vem sendo feito no âmbito da extração de carvão mineral e disse que o estado está fazendo a sua parte: “Vamos enviar para a Assembleia Legislativa um plano para criação do Polo Carboquímico do Rio Grande do Sul, extremamente importante para essa região que deseja o desenvolvimento e atração de investimentos”.

O ministro Coelho Filho disse que seu roteiro começou em Santa Catarina, em Criciúma, e destacou que para o Ministério de Minas e Energia essas visitas são importantes “para ter um olhar mais atento e posso considerar o potencial desses dois Estados, que concentra aproximadamente 90% do carvão mineral do Brasil, na expansão da matriz energética brasileira”. Filho ressaltou que está é uma indústria que movimenta a economia, com geração de empregos e renda, e sinaliza a investidores que o país está trabalhando: “A ideia é elaborar, assim como Estado está fazendo, um planejamento com começo, meio e fim da indústria da utilização do carvão mineral do ponto de vista do fornecimento energético e enviar ao congresso”, salientou.