Dados preliminares de medição coletados pela CCEE entre os dias 1º e 25 de julho apontam quedas de 2,2% no consumo e de 1,9% na geração de energia elétrica no país, em comparação com o mesmo período do ano passado. As informações constam na mais recente edição do boletim InfoMercado Semanal Dinâmico, que traz dados prévios de geração e consumo de energia, além da posição contratual líquida atual dos consumidores livres e especiais.

O consumo total em julho foi de 56.545 MW médios no Sistema Interligado Nacional – SIN, com retração de 2,2% frente ao volume de energia consumido no mesmo período do ano passado. Houve queda de 6,9% no Ambiente de Contratação Regulado – ACR (cativo), no qual os consumidores são atendidos pelas distribuidoras, índice que leva em conta a migração de consumidores para o mercado livre (ACL). Excluindo esse impacto, o ACR registraria diminuição de 1,2%.

No Ambiente de Contratação Livre – ACL, no qual as empresas compram energia diretamente dos fornecedores, foi registrado aumento de 10,1% no consumo, número que inclui os novos consumidores vindos do mercado cativo. Se a migração não fosse considerada, haveria queda de 4,7% no consumo.

Dentre os ramos da indústria avaliados no boletim, incluindo dados de autoprodutores, varejistas, consumidores livres e especiais, os maiores índices de retração no consumo de energia no período, excluindo a migração, pertencem aos segmentos de bebidas, com -10,3%, minerais não metálicos com -8,5% e transporte -7,3%.

A análise da geração de energia no Sistema também aponta queda na produção das usinas com 59.070 MW médios entregues, montante de energia 1,9% inferior ao gerado em 2016. O número tem grande influência da diminuição de 11% na geração das usinas hidráulicas, incluindo as pequenas centrais hidrelétricas. A geração eólica alcançou +23,9% e a térmica +21,9%, apresentando desempenho superior no período.

O InfoMercado Dinâmico também apresentou a estimativa de que as usinas hidrelétricas integrantes do Mecanismo de Realocação de Energia – MRE gerem, em julho, o equivalente a 66% de suas garantias físicas, ou 38.384 MW médios em energia elétrica. Para fins de repactuação do risco hidrológico, o percentual foi de 70,5%.