A Fitch Ratings afirmou na última sexta-feira (28), o Rating Nacional de Longo Prazo ‘AA-sf(bra)’ (AA menos sf(bra)) da primeira e da segunda séries de cotas seniores da Celg Distribuição Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (Celg D FIDC). A perspectiva de ambos ratings é estável.

A primeira série tem rendimento equivalente à Taxa Média dos Depósitos Interfinanceiros (DI), mais um spread fixo anual de 3%. A segunda é corrigida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), com spread de 9,7% ao ano.

O prazo total das duas séries seniores é de 96 meses, e os pagamentos de juros ocorrem mensalmente, sem carência. As amortizações de principal também acontecerão todo mês, após carência de 24 meses. O fundo poderá realizar novas emissões de cotas seniores, desde que sejam previamente aprovadas pelo administrador.

O rating reflete a capacidade de pagamento do principal investido, além da taxa benchmark de rendimento para a primeira e a segunda séries de cotas seniores do Celg D FIDC, até o vencimento final legal, em 96 meses, contados a partir da primeira integralização das cotas, que ocorreu em 22 de julho de 2015.

A Eletrobras presta garantia em benefício do fundo, por meio de compromisso de subscrição de cotas subordinadas. A garantia visa manter caixa suficiente para cobrir o equivalente a três meses de despesas da operação, além dos próximos dois serviços de dívida da classe sênior. Em caso de liquidação antecipada, a subscrição de cotas subordinadas deverá ser igual ao valor da classe sênior em circulação. Caso a Celg Distribuição S.A. – Celg D  (Celg D) não subscreva o montante de cotas solicitado pelo administrador cinco dias úteis após a data de solicitação, a Eletrobras será notificada e terá cinco dias úteis para subscrever o montante solicitado.

O índice de cobertura do serviço da dívida (DSCR) mínimo estabelecido para a operação é de 2,5 vezes e, caso não seja mantido, o fundo deverá reter 2,0 vezes o serviço da dívida para amortizar antecipadamente o saldo das cotas.

No período de 12 meses encerrado em junho de 2017, o DSCR médio era de 9,4 vezes. Esta cobertura reflete apenas o pagamento de juros, uma vez que o FIDC ainda estava em período de carência de amortização. No final de junho de 2017, o saldo devedor da primeira série de cotas seniores era de R$ 331,8 milhões, e o da segunda série, de R$180,5 milhões.

As amortizações começaram em julho de 2017. Também no fim de junho, o caixa representava 8,5% do Patrimônio Líquido (PL) do fundo. O percentual deve refletir as reservas necessárias para despesas da operação e reserva de amortização. O fundo deve apresentar, no mínimo, 2,9% do PL em caixa, de acordo com os documentos da operação.

O risco de crédito da classe sênior está atrelado primeiramente ao risco de crédito da Eletrobras, em função da garantia prestada por um compromisso de subscrição de cotas subordinadas. Assim, qualquer mudança em relação ao rating da Eletrobras será refletida nos ratings da classe sênior do FIDC.