A CEEE-D já consegue observar ganhos e resultados positivos junto aos clientes com o projeto de podas junto às linhas e redes de energia em estradas e vias públicas. O objetivo do trabalho, que integra o programa de manutenção da empresa e onde são investidos aproximadamente R$ 7 milhões ao ano, é reduzir ocorrências causadas pelo contato de árvores e arbustos na rede, especialmente em situações de chuvas e temporais, como no evento ocorrido em 29 de janeiro de 2016. Além das podas, o programa de manutenção da companhia inclui expansão de circuitos, substituição de postes, revisão e troca de equipamentos e cabos.

Segundo o gerente Regional Metropolitano, Jeferson de Oliveira Gonçalves, Porto Alegre possui uma árvore para cada habitante, totalizando mais de 1,5 milhão de árvores, que se comparada a Belo Horizonte, por exemplo, que apresenta 480 mil árvores, é superior em três vezes e potencializa ainda mais as interferências com a rede. A comparação de Gonçalves serve para reforçar a importância da ação, já que a partir da implantação do projeto de podas e conforme indicadores da operação do sistema, houve, na área de concessão da distribuidora, uma redução de 50% nas faltas de energia causadas por interferência vegetal. Segundo o engenheiro, 40 equipes trabalham nessas ações preventivas com atuações em 10 mil árvores por mês, num trabalho continuado em toda área de concessão da empresa.

No caso da capital, Jeferson lembra também que há um convênio firmado com o município que disciplina e possibilita à concessionária de energia a execução de podas de árvores que estejam interferindo no bom funcionamento do sistema elétrico, substituindo as autorizações pontuais e garantindo o correto manejo da arborização, assim como o destino adequado para os resíduos recolhidos. Tal acordo tem acompanhamento com reuniões junto ao MPRS, promotoria de meio ambiente e prefeitura, através da Secretaria de Serviços Urbanos, oportunidade em que se discutem problemas e ações.

Neste acordo, as equipes de poda devem passar por capacitação antes do início das atividades e serem acompanhadas por técnicos agrícola, florestal ou agropecuário para realizar o serviço. Entre os destaques do convênio, está o investimento em infraestrutura de galpão e picador, que ficam sob gestão da PMPA, através da Secretaria de Serviços Urbanos, dando a oportunidade que os resíduos sejam recolhidos na sequência do trabalho e levados para a Unidade de Triagem e Compostagem do DMLU, onde serão triturados em área própria para esta atividade.