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A AES Tietê considerou a consulta pública aberta pelo governo para mudar a modelo do setor positiva, por conter temas importantes como a abertura do mercado livre e o equacionamento do risco hidrológico. Em teleconferência com analistas de mercado nesta quarta-feira, 9 de agosto, o vice-presidente de comercialização Ricardo Cirino, salientou que vários temas estão ligados entre si, o que vai requerer mais atenção. “É importante que na implementação elas sejam concatenadas, para ter êxito no conjunto todo”, afirmou.
O diretor-presidente da AES Tietê, Ítalo Freitas, lembrou que existe a vontade do setor elétrico em se modernizar e se igualar aos mercados europeu e norte-americano e que a empresa já vem se programando para enfrentar essa nova fase do setor. “Todos estão com essa visão de mercado”, avisa. A empresa vem diversificando sua atuação, desde a expansão, com a compra de parques eólicos e solares, quanto na ampliação de serviços, como geração distribuída.
Na conferência, a empresa revelou que a AES Tietê revisou o nível dos patamares de contratação, em função de um rebaixamento alto e da exposição ao mercado de curto prazo. O nível de contratação de energia da empresa para o segundo semestre vai ficar em cerca de 70%. A empresa já teve uma redução de 88% no fim de 2016 para 80% no fim do segundo trimestre.
Para 2018, a expectativa é de que o nível de contratação fique em 77%, em concordância com a estratégia de mitigação do risco hidrológico. Em 2019, o percentual está em 52% e 39% para 2020. A faixa de preços em R$ 140/ MWh e R$ 170/ MWh pode contribuir para uma melhoria do preço médio do portfólio.