A Petrobras reportou um lucro líquido de R$ 4,8 bilhões no primeiro semestre, revertendo prejuízo de R$ 876 milhões registrado em igual período anterior. O resultado foi impactado pelo aumento da receita de exportações, o ganho apurado na venda da participação na Nova Transportadora do Sudeste, além da redução de custos exploratórios e nas despesas de vendas e administrativas.

No segundo trimestre, o lucro líquido ficou em R$ 316 milhões, um pouco abaixo dos R$ 370 milhões obtidos no mesmo trimestre anterior. No primeiro trimestre deste ano, o lucro líquido tinha ficado em R$ 4,449 bilhões. O lucro trimestral foi afetado pelas menores margens de derivados, a diminuição do volume vendido e redução das despesas operacionais.

O lucro operacional da companhia cresceu 91% nos seis primeiros meses do ano para R$ 29,3 bilhões. No segundo trimestre, o indicador ficou em R$ 14,990 bilhões, mais que o dobro dos R$ 7,184 bilhões registrados em 2016.

O ebtida ajustado cresceu 6% para R$ 44,3 bilhões e a margem ebtida ajustada foi de 33%. O ebtida ajustado ficou em R$ 19,1 bilhões no segundo trimestre. O fluxo de caixa livre atingiu R$ 22,722 bilhões. Segundo a Petrobras, o resultado reflete a combinação entre a melhora da geração operacional e a redução de investimentos.

A demanda de gás natural pelas termelétricas cresceu no segundo trimestre para 28 milhões de metros cúbicos, ante 20 m³/dia no ano passado. Com isso, a demanda de gás no país ficou em 81 milhões m³/dia, contra 72 milhões m³/dia em 2016. A área de Gás e Energia teve um lucro líquido de R$ 5,624 bilhões no primeiro semestre, ante R$ 332 milhões igual período anterior. No segundo trimestre, o lucro ficou em R$ 4,603 bilhões, ante R$ 545 milhões em 2016. O ebtida ajustado do segmento ficou em R$ 3,139 bilhões nos seis primeiros meses, 10% menor que no ano passado. No trimestre, o ebtida ficou em R$ 883 milhões, ante R$ 1,642 bilhão em 2016.

A dívida líquida da empresa está em US$ 89,3 bilhões, com prazo de 7,88 anos. A dívida está em uma relação de 3,23 vezes do ebtida. O investimento total caiu 21% no primeiro semestre para R$ 22,993 bilhões. No segundo trimestre, os aportes ficaram em R$ 11,451 bilhões, ante R$ 13,435 bilhões no ano passado. Na área de Gás e Energia, houve um crescimento de 275% nos investimentos nos seis primeiros meses do ano para R$ 2,439 bilhões. No segundo trimestre, os investimentos ficaram em R$ 1,113 bilhão, contra R$ 359 milhões em 2016.