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A Cemig tem esperanças de alcançar um entendimento com o governo a tempo de reverter a decisão da União de leiloar as concessões das hidrelétricas São Simão, Jaguara, Miranda e Volta Grande – as quatro somando capacidade de 2.922 MW. Durante teleconferência com analistas de mercado nesta quarta-feira (16), o superintendente de Relação com Investidores da estatal mineira, Antonio Carlos Velez, disse que a ideia passa pelas instâncias estadual e federal, hoje em litígio judicial, chegarem a bom termo antes da realização do leilão de venda da usinas, marcado para o dia 28 de setembro.

“Há espaço para negociação, o que certamente seria favorável para a Cemig e também para o governo federal, ajudando na questão fiscal”, revelou o executivo. Ele destacou ainda que, em caso de acerto visando a interrupção do processo licitatório, o Supremo Tribunal Federal poderá homologar antes da data do certame, sem precisar julgar o mérito da ação judicial movida da empresa na briga pela renovação das concessões. Na semana passada, a Cemig ofereceu pagar R$ 11 bilhões pelas quatro concessões, proposta vista inicialmente com desconfiança pelas áreas econômica, energética e jurídica do governo.

Ao mesmo tempo em que articula para manter as usinas no seu portfólio de geração, a empresa negocia a venda de ativos importantes dentro do plano de desinvestimento e de redução do endividamento. Velez afirmou que o processo de venda da participação da estatal na Light está avançado, com conversas mantidas junto a muitos dos potenciais compradores, estágio esse que envolve a assinatura de compromissos para avaliação do negócio. A perspectiva é que até o final de setembro todas as ofertas de compra sejam apresentadas pelos investidores, balizando inclusive o modelo final da venda.

A venda da distribuidora carioca, frisou o superintendente, será fundamental para garantir o pagamento de cerca de R$ 1,5 bilhão a bancos detentores de ações da concessionária e que, em caso de negociação do controle detido pela Cemig, teriam direito a exercer a opção de venda (“put”) desses papeis. “O compromisso desse pagamento está mantido para novembro, mas caso a venda da Light não seja concretizada até lá, não descartamos negociar com os detentores da ‘put’ uma extensão do prazo”, disse Velez, explicando ainda que as ações da Cemig na Taesa foram dadas como garantia para esses bancos.

O executivo informou também que até o final de agosto a Cemig pretende anunciar a venda dos 18% de participação na usina de Santo Antônio (3.568 MW – RO), negócio que corre conjuntamente com os outros sócios. No momento, está sendo elaborada a redação do contrato de compra e venda de ações, parte final do processo negocial. Com uma dívida total na casa dos R$ 12,5 bilhões, sendo R$ 4,1 bilhões com programação de vencimento ainda este ano, a Cemig descarta, por ora, a emissão de bonds com o objetivo de captar recursos no mercado. “A estratégia é reperfilar a dívida junto aos bancos credores”, disse.