A CCEE divulgou na última quinta-feira, 17 de agosto, os dados preliminares de medição coletados entre os dias 1º e 15 de agosto, que indicam retração de 1,4% no consumo e de 1% na geração de energia elétrica no país, na comparação com o mesmo período do ano passado. As informações constam na mais recente edição do boletim InfoMercado Semanal Dinâmico, que traz dados prévios de geração e consumo de energia, além da posição contratual líquida atual dos consumidores livres e especiais.
A análise indica o consumo de 58.081 MW médios no Sistema Interligado Nacional – SIN, queda de 1,4% frente ao montante registrado no mesmo período do ano passado. O Ambiente de Contratação Regulado – ACR (cativo), no qual os consumidores são atendidos pelas distribuidoras, teve queda de 4,9%, número impactado pela migração de consumidores para o mercado livre (ACL). Haveria um pequeno aumento de 0,3%, caso esse movimento fosse desconsiderado.
Já no Ambiente de Contratação Livre – ACL, no qual as empresas compram energia diretamente dos fornecedores, houve aumento de 8% no consumo, número que também inclui na análise os novos consumidores vindos do mercado cativo (ACR). Excluindo esse impacto da migração, o ACL teria queda de 5,5% no consumo.
A avaliação do consumo de energia por ramos da indústria monitorados pela câmara, incluindo dados de autoprodutores, varejistas, consumidores livres e especiais, aponta que os maiores índices de retração no período, excluindo a migração, pertencem aos segmentos de bebidas, com -13,1%, minerais não metálicos, -11,9% e metalurgia e produtos de metal, com -8,1%. Os setores de saneamento e de veículos por sua vez, registraram incremento no consumo dentro do mesmo cenário de migração, com índices de 5,8% e 5,7%.
Nessa primeira quinzena de agosto, a geração de energia no Sistema somou 60.439 MW médios, montante de energia 1% inferior ao gerado no ano passado, retração impactada pela queda de 13,9% na produção das usinas hidráulicas, incluindo as Pequenas Centrais Hidrelétricas. Foi observado também no período um aumento de 26,7% na geração das usinas eólicas e 29,1% nas térmicas.
O Boletim também apresenta estimativa de que as usinas hidrelétricas integrantes do Mecanismo de Realocação de Energia – MRE gerem, em agosto, o equivalente a 62,6% de suas garantias físicas, ou 37.339 MW médios em energia elétrica. Para fins de repactuação do risco hidrológico, o percentual foi de 68,1%.