O governo pretende considerar as particularidades das usinas de Angra e de Itaipu na definição da modelagem de venda da Eletrobras, e a tendência é de que elas sejam segregadas do patrimônio da estatal que será incluído na pacote de privatização. A Constituição prevê que a operação de usinas nucleares é exclusiva da União, enquanto Itaipu é fruto de um tratado binacional com o Paraguai que envolve aspectos importantes do ponto de vista diplomático.
O projeto nuclear e usina de Itaipu serão analisadas com um foco especifico nas discussões dos próximos dias, explicou o secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Paulo Pedrosa, durante entrevista coletiva nesta terça-feira, 22 de agosto. “Se o entendimento em relação à nuclear é de que isso não poderia estar numa empresa privada, terá que haver uma separação do projeto nuclear da Eletrobras como um todo”, detalhou Pedrosa. Nesse caso, a Eletronuclear ficaria fora da holding, mas permaneceria sob controle da União.
No caso da hidrelétrica, também esta sendo avaliado isso, e o entendimento no momento é de ela seria segregada da Eletrobras, já que a parcela brasileira de itaipu não poderia ser desvinculada da parcela do Paraguai, e o projeto tem uma particularidade, um prazo de duração especial.