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Completando um ano de operação, a Cooperativa Brasileira de Energia Renovável conseguiu reunir duas vertentes que são consideradas promissoras no país. O cooperativismo aliado com a geração distribuída permitiu que os seus cooperados tenham um desconto nas tarifas e a divulgação do modelo de associação, além de proporcionar um ganho ambiental com a economia nas emissões de gases. “As cooperativas vão dar acessibilidade a mais pessoas. Elas vão crescer para suprir as demandas de quem não pode ter GD, como quem mora em prédio, por exemplo”, explica Raphael Vale, presidente da cooperativa.
Planta da usina da Coober em Paragominas, no Pará
Viabilizada com investimentos de R$ 600 mil após o aperfeiçoamento de resolução da Agência Nacional de Energia Elétrica, a Coober fica em Paragominas (PA) e reúne 23 cooperados. Ela é diferente de um telhado solar residencial de GD, já que é uma usina solar que atende a várias pessoas. A usina tem capacidade de 75 kWp. Caracterizando esse período inicial como “aprendizado”, Vale conta que a intenção é ampliar a capacidade da usina, para que mais pessoas possam se cooperar. Atualmente , ela só consegue suprir as demandas dos seus próprios cooperados. “Centenas de pessoas que nos procuraram já estão cadastradas”, conta. A expectativa é que até outubro essa nova fase seja lançada.
Os cooperados têm se mostrado satisfeitos com a opção pela GD. Com uma gama variada, a Coober é formada não só por pessoas que moram Paragominas, o que também é mais uma possibilidade que a GD permite. A Organização de Cooerativas Brasileiras deu apoio ao projeto desde o seu começo. Os 9.000 kW/mês em um ano são repartidos de acordo com o investimento feito pelo cooperado na usina. Segundo Vale, a redução na conta de energia fez com que um cooperado instalasse mais um aparelho de ar condicionado na sua casa, por ter passado a ter mais créditos do que ele consumia.
Pioneira no setor, o êxito da experiência da Coober vem motivando a criação de outras cooperativas para geraçao distribuída. Vários estados já manifestaram interesse em replicar o modelo. Outras cinco já foram registradas desde que a Coober começou. A DGRV, organização de cooperativas alemãs que deu suporte ao projeto no seu início, já solicitou que a cooperativa paraense faça consultoria a um projeto em Santa Catarina. Segundo Vale, em Paragominas, um promotor tomou conhecimento da cooperativa, gostou da ideia e com o dinheiro de uma multa ambiental, fez um convênio com a prefeitura local para que ela instalasse um usina solar que atendesse as escolas da cidade. “São coisas que a gente nem imaginava ver”, observa.
Apesar de ser ainda uma novidade, as ccooerpativs de GD já precisam de aperfeiçoamento,. Vale pede mudanças nas limitações de demanda de 75 kW, de modo que não se incorram em custos que podem reduziro ganho proporcionado pela GD.