O leilão reverso com o objetivo de descontratar energia de reserva segue com a negociação apenas de projetos solares e eólicos. Não houve negociação da fonte hidráulica, apesar do governo elencar 24 pequenas centrais hídricas como aptas a participarem do certame, apurou a Agência CanalEnergia.
O leilão visto pelo mercado como uma oportunidade para empreendedores devolverem projetos que perderam a viabilidade econômica e financeira sem grandes penalizações. O produto solar estava oferecendo o valor de R$ 302,96/MWh, seguido pela eólica com R$ 190,55/MWh. O leilão, que pode ser acompanhado pelo site da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), contava com duas horas e meia de duração quando essa nota foi redigida.
Batizado de Mecanismo de Descontratação de Energia de Reserva, o certame inédito foi possível após a publicação da Portaria nº 151/2017 do Ministério de Minas e Energia (MME). Ao contrário dos leilões de contratação, que o vencedor é aquele que oferece o menor preço pela energia, no Mecanismo de Descontratação a proposta ganhadora será aquela que oferecer o maior valor, que levará em conta o preço negociado nos respectivos leilões de reserva (vantajosidade da descontratação), associado ao pagamento de prêmio Conforme estabelecido em edital, o prêmio inicial para submissão de lance é de R$ 33,68 /MWh para os três produtos (solar, eólica e hidrelétricas) e deverá ser crescente ao longo da disputa.