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Tendo investido cerca de R$ 1,2 bilhão no primeiro semestre do ano, o foco da Copel nesse ano está na conclusão de projetos em construção, como as usinas de Colíder (MT – 300 MW) e Baixo Iguaçu (PR – 105 MW), que devem ficar prontas no ano que vem. A possibilidade de expansão na transmissão pode vir no leilão de LTs que ainda será realizado este ano. “O foco mesmo é dar uma certeza de que o cronograma restante dessas obras seja cumprido com rigor”, explica Antônio Guetter, presidente da Copel, em entrevista exclusiva à Agência CanalEnergia.

Guetter conta que o foco de expansão da empresa vai estar mais voltado para o estado do Paraná, onde a Copel já tem o conhecimento ambiental da região. Segundo o executivo, a empresa observa o desenvolvimento de alguns potenciais hidrelétricos do rio Tibagi que podem ir a leilão nos próximos anos. “Se houver uma expansão da geração seria neste caminho”. Outro ponto poderia ser o cluster elétrico que ela tem no Rio Grande do Norte, com 385,6 MW implantados e outros 314,5 MW em construção. Uma fase do complexo eólico Cutia deve ser inaugurada em outubro deste ano e outra em 2019.

Na distribuição de energia, onde a estatal paranaense deve concentrar os investimentos, ela está com projetos pilotos de ampliação do smart grid nas regiões metropolitana de Curitiba e Sul do estado. O alvo são self healing e religadores. Segundo Guetter, a forte atuação do estado na área do agronegócio faz com que o compromisso da concessionária de entregar uma energia de qualidade esteja sempre reforçado. A geração distribuída também não é menosprezada por ele, que acredita que mudanças no aspecto regulatório serão necessárias para equilibrar o sistema.

Considerando o Brasil ainda muito atrás de outras regiões do mundo no smart grid, Guetter acredita que o país vai necessitar de muito investimento nesse campo para se igualar ao que vem sendo praticado. Mas ele enxerga disposição e boa vontade no Ministério de Minas e Energia para reduzir esse distanciamento. O setor propôs no âmbito da consulta pública da mudança do modelo um incentivo para a evolução tecnológica nas distribuidoras. “O ministro já nos disse que a maior transformação do setor elétrico que ele vê nos próximos anos é na distribuição, justamente pelas novas tecnologias e pela maior exigência do consumidor”, aponta.

Considerada como uma das mais atuantes na área da governança corporativa e compliance, Guetter conta que a Copel foi considerada pela Fundação Getúlio Vargas como a estatal brasileira melhor avaliada no tema. A empresa foi a primeira do setor a ter uma diretoria de governança e risco, o que para o executivo a deixa atrativa para os investidores. “Essa questão deve ser reforçada em empresas estatais, de modo a colocá-las nas mesmas condições de competição com as empresas privada, inclusive no acesso ao BNDES”, observa.