A CGI apresentou na semana passada, principalmente a empresas do setor elétrico, sua solução para gestão de ativos que já é utilizada a cerca de 30 anos em países como o Reino Unido e Estados Unidos. Nomeado como ARM (sigla em inglês para Gerenciamento de Ativos e Recursos) o foco é atuar no setor elétrico junto a distribuidoras que, na avaliação da empresa são os potenciais clientes que mais têm potencial em função das necessidades de redução dos índices de qualidade restritivos ao longo do tempo que são impostos pela Aneel.
Segundo Marco Afonso, diretor de consultoria em Utilities da CGI, depois de um ciclo de 20 anos depois das privatizações é natural que as companhias do setor elétrico busquem aprimorar sua gestão de ativos. Ele lembra que nessas duas décadas, basicamente, as empresas desse setor procuraram implantar sistemas de gestão que proporcionavam um determinado módulo de gestão de ativos. Acontece, continuou o executivo, que este não é específico para o segmento.
“Agora as empresas veem que precisam de solução mais específica para as suas necessidades e encontraram isso em nossa solução que já chega com um road map de 30 anos de operação em outros países”, afirmou o diretor da CGI. “O feedback que tivemos das empresas foi bastante positivo quando apresentamos a solução, pois agora elas veem suas necessidades sendo atendidas de forma mais eficiente do que havia por meio de um sistema de gestão de mercado”, comentou.
No foco da CGI estão todas as utilities, mas dentro do setor elétrico, as distribuidoras apresentam mais potencial de geração de negócios justamente por conta da necessidade das empresas atenderem os indicadores da Aneel. Até porque, relatou Afonso, a regulação vem apertando os níveis a serem atendidos pelas concessionárias que atendem os consumidores de energia. E é justamente o módulo de gestão de ativos que permite a redução desses índices.
Segundo relatos acompanhados pela reportagem da Agência CanalEnergia, há uma perspectiva das distribuidoras tornarem-se mais eficientes tanto no monitoramento da vida útil dos equipamentos bem como no envio de equipes de manutenção para os pontos que necessitam de intervenção. Como consequência, a perda de receitas tende a ser menor.
O sistema, destacou o executivo, é modular e pode ser adaptado à necessidade de cada concessionária. Mas, destacou, não é o substituto de um sistema de gestão da empresa. É uma plataforma que se comunica com os sistemas e que automaticamente realiza alterações que auxiliam na gestão dos ativos. “As utilities apresentam um alto volume de ações de pequeno porte e que antes não tinham a perspectiva de visão espacial dos ativos e ações que são necessárias”, argumentou.
De acordo com o líder global do ARM na CGI, David Powers, a solução nasceu no Reino Unido em parceria com um cliente da consultoria que apresentou as suas necessidades de gestão. De lá para cá houve um aumento do número de aplicações e clientes. Hoje, a ferramenta está em 60 a 70 clientes, a maior parte nos Estados Unidos, além do próprio Reino Unido, Canadá e um na França.
Afonso destacou ainda que a plataforma está sempre em atualização que é feita em decorrência de sugestões dos clientes da consultoria. “Até hoje não temo nenhum cliente que deixou de usar a nossa solução por outra concorrente”, disse ele. “O sistema é orientado e desenvolvido pelas práticas das empresas que indicam onde deve ser melhorado”, acrescentou.