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Nota da Redação: Matéria alterada às 10:55 horas do dia 29 de agosto de 2017 para correção de informação. Ao contrário do informado a Rio Energy não participou do leilão de descontratação. Os parques solares em questão foram vendidos para a Fotowatio e negociados no certame por esta. As informações sobre propriedade dos projetos foram pesquisadas no site da Aneel. Leia abaixo a matéria atualizada:
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As empresas J&F Investimentos, Furnas, Renova Energia, Lintran e Fotowatio obtiveram sucesso no leilão de descontratação de energia de reserva realizado nesta segunda-feira, 28 de agosto. As empresas ficaram dispensadas de cumprir com contratos que representariam a entrega de 183,2 MW médios em projetos de energia eólica e solar. Como contrapartida, as companhias precisarão pagar R$ 105,9 milhões ao governo a título de compensação. Em troca, o governo deixará de penalizar as concessionárias pela não construção das usinas.
A elétrica estatal Furnas, subsidiária do grupo Eletrobras, e a J&F Investimentos apresentaram o melhor desempenho. As empresas, que são parceiras nos projetos (Furnas com 49%), conseguiram descontratar 100,5 MW médios. Esses contratos estavam atrelados a construção de parques eólicas que totalizam 242,2 MW de capacidade instalada. Juntas elas terão que desembolsar R$ 63,73 milhões a título de prêmio.
Furnas também conseguiu descontratar mais 27,5 MW médios. Esses projetos foram viabilizados em leilão em parceria com a PF Participações (51%), a qual a reportagem não conseguiu rastrear quem são os investidores. O prêmio neste caso totalizou R$ 18,08 milhões. As usinas eólicas descontratadas estavam previstas para serem instaladas no Rio Grande do Norte e no Ceará.
SOLAR
A endividada Renova Energia também obteve êxito no leilão. A empresa passa por dificuldades financeiras e tenta de todas as formas reduzir sua necessidade de investimento. A Renova descontratou o complexo solar Itapuã, na Bahia. Foram descontratados 21,8 MW médios, representando 99,75 MW de capacidade instalada em usinas fotovoltaicas que deixaram de ser construídas. Pelo perdão, a empresa terá que pagar ao governo R$ 7,89 milhões.
Da mesma forma, a Fotowatio conseguiu devolver contratos que representavam 27,1 MW médios ou 119,9 MW de capacidade instalada em usinas fotovoltaicas. O prêmio total a ser pago soma R$ 13,9 milhões.
As empresas Cobra e Lintran, responsáveis pela central solar Dracena III, com 30 MW de capacidade e 5,99 MW médio, irão pagar R$ 2,28 milhões a título de prêmio. Os projetos estavam previstos para serem instalados nos estados da Bahia e Ceará.
No total, estavam aptos a participar do leilão de descontratação 1,6 GW médios, representando cerca de 4,5 GW de capacidade instalada.
Ao contrário dos leilões de contratação, onde o vencedor é aquele que oferece o menor preço pela energia, no mecanismo de descontratação a proposta ganhadora foi aquela que ofereceu o maior valor, que levou em conta o preço negociado nos respectivos leilões de reserva, associado ao pagamento de prêmio, estipulado inicialmente em R$ 33,68/MWh.
O prêmio mais alto para energia eólica foi de R$ 75,34/MWh, oferecido por Furnas e PF. Para solar, o prêmio máximo foi de R$ 64,69/MWh, oferecido pela Fotowatio.