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Em uma reunião bastante concorrida, a Wobben/Enercon lançou duas novas turbinas no mercado mundial de sua plataforma EP3 no Brazil Windpower 2017. As novas turbinas são a E-126 e a E-138 na faixa de potência, de 3,5 MW e que são adaptadas para ventos médios e fracos, respectivamente. A estimativa é de que esses equipamentos entrem em produção a partir de 2018 e 2019. Com isso, a empresa já começa a disponibilizá-los para os investidores que pretendem entrar no próximo leilão de energia nova no Brasil, previsto para a segunda quinzena de dezembro. A demanda para projetos no mercado livre também está no radar da empresa.
De acordo com o diretor global de Vendas da companhia, o alemão Stefan Lütkemeyer, que veio pela primeira vez ao evento, esse lançamento marca uma nova fase da empresa em termos mundiais. Isso porque há uma mudança significativa no padrão dos aerogeradores que passarão por uma alteração visual dos equipamentos. Deixarão o formato arredondado que caracterizou a marca para um formato mais compacto e que privilegiará a redução de custos e de logística.
O primeiro protótipo será o do E-126, esperado para o ano que vem e as primeiras instalações estão previstas para os anos 2019 e 2020. Essa máquina será produzida na fábrica de Sorocaba (SP) onde está localizada a linha de produção da companhia. Segundo dados apresentados pela geradora, esse modelo possui a capacidade de reduzir em 20% o custo equivalente de energia (LCOE, na siga em inglês). Por sua vez, o modelo E-138 com 3,5 MW tem previsão de início de produção no final de 2019 e as primeiras instalações para 2021.
Lütkemeyer destacou em entrevista à Agência CanalEnergia que a E-126 é um modelo que se adapta ao mercado nacional por conta de suas características e formato, que facilita seu transporte haja vista as especificidades locais. Os ventos nacionais foram considerados para o equipamento. A Wobben/Enercon destacou que entre os benefícios dessa nova linha de equipamentos está a maior eficiência em geração com o fator de capacidade estimado em 50% bem como facilidade em automação. O equipamento utilizará torres híbridas.
Com a nova plataforma, a empresa aposta na continuidade de sua já tradicional presença local. A companhia foi a fornecedora dos primeiros aerogeradores instalados no Brasil, no estado do Ceará, ainda na década de 1990. Contudo, o executivo destaca que o resultado do próximo leilão é apenas um passo no caminho da empresa por aqui.
“Podemos aumentar a presença de mercado com essa nova plataforma, mas o lançamento é apenas o primeiro passo. Temos um modelo flexível e esta é uma vantagem pelas necessidades de conteúdo local”, comentou ele. “O volume de MW vendidos não é o mais importante. Nós queremos um estabilidade de operação que está baseada em previsibilidade e que seja a base para as próximas duas décadas de nossa presença no país”, apontou ele ao destacar que o nível constante de ocupação da fábrica é fundamental, as variações devem ser evitadas, pois essa sazonalidade incorre em custos e demissão a cada ciclo gerado por essa instabilidade.