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A GE fechou um acordo com a Casa dos Ventos e irá desenvolver um projeto piloto que visa estabelecer um parque eólico híbrido. A ideia é a de promover uma maior geração de energia no local sem aumentar a potência injetada no sistema. Assim, a meta é elevar o fator de capacidade por meio da inserção de sistemas solares aproveitando a infraestrutura já existente no local desde os conversores até a injeção da energia na Rede Básica.

Segundo a líder de Marketing e Produtos da GE Wind, Rosana Santos, esse é mais um projeto no âmbito do foco da empresa que é de pensar fora da caixa e oferecer soluções para o cliente em ativos já existentes. Esse ano, a novidade apresentado no Brazil Windpower 2017 é esse sistema chamado de Wise (sigla para Wind Integrated Solar Energy). No passado foi a Digital Wind Farm.

“Nosso objetivo é o de procurar a maximização da utilização da infraestrutura que esta no local. Não aumenta a potência instalada porque o máximo a ser gerado é o limite do parque eólico que tem a prioridade de geração”, destacou. “Se você tem um parque de 30 MW este continuará assim, o que ocorre é que a tecnologia promove um maior fator de capacidade ao final das contas”, acrescentou.

De acordo com a executiva da empresa, esse é o futuro das renováveis, pois apenas uma fonte sozinha coloca-a como fonte renovável apenas. Combinada com outras fontes permite que a curva de geração fique mais estável ao otimizar o uso dos equipamentos. A multinacional afirma que a tecnologia apresentada possui potencial de aumentar a capacidade do sistema em até 4% o que melhora a produção anual de energia em até 9%. Ao mesmo tempo, permite reduzir o capex em 15% e sem elevar a tarifa de conexão.

O projeto em parceria com a Casa dos Ventos engloba inicialmente uma capacidade instalada de 1 MW em sua primeira fase, onde serão instaladas placas com 250 kV em quatro turbinas. Se esse modelo fosse replicado em todos os 156 aerogeradores, essa capacidade adicional de geração poderia alcançar 120 MW. Contudo, Rosana Santos destacou que o limite do parque não seria ultrapassado, pois o ganho é em energia e não em capacidade. Sendo que a solar é usada para complementar a geração eólica ao limite de sua potência nominal.

“Hoje vemos a discussão sobre o novo marco regulatório com temas como separação entre lastro e energia, sinal locacional e horário, energia na ponta, entre outros. Acreditamos que o Wise vem no momento em que ajudará a desenvolver as renováveis, por exemplo, no Nordeste em horário de ponta onde tem valor mais elevado. Não lançamos nova máquina porque esse não é nosso foco no evento, e sim, apresentar soluções pensando fora da caixa”, argumentou Rosana.

Novo marco – A GE comemorou durante o evento realizado no Rio de Janeiro ter ultrapassado o volume de 5 GW em capacidade instalada. Ainda para este ano são 600 MW que entrarão em operação até o final de setembro em três projetos.

A executiva da companhia lembrou que a multinacional projeta terminar o ano com 2.700 turbinas. E ainda há a demanda para 2018 que não é tão significativa como em anos anteriores em decorrência de um longo tempo de baixa contratação, 1 GW em 2015 e nada em 2016. Na avaliação da GE há algum volume potencial para encerrar 2018 com 3 mil unidades. “Agora as contas foram feitas e com uma base técnica tudo indica que teremos o leilão de energia já este ano”, finalizou a executiva.