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A dinamarquesa Vestas comemorou nesta quinta-feira, 31 de agosto, a ultrapassagem da marca de 1 GW em capacidade instalada no Brasil. De acordo com dados da companhia são 1.090 MW espalhados por 12 parques eólicos país e há mais outros parques que somados elevarão esse volume a 1.461 MW. Os dados foram divulgados no Brazil Windpower 2017, onde a companhia aproveitou para apresentar sua nova plataforma mundial, de 4,2 MW que, inicialmente deverá ser direcionado a empreendimentos no mercado livre, já que ainda não a decisão de investimento para esse produto no país.

Contudo, a companhia ainda não tomou a decisão sobre onde produzir essa nova plataforma global. Isso porque é recente. Segundo o vice-presidente global de Marketing, Comunicações e Assuntos Públicos da Vestas, Morten Dyrholm, (que ocupa o cargo de presidente do conselho do GWEC), a plataforma acabou de ser lançada e a decisão de onde produzir ainda não foi tomada. “Ainda não temos um plano específico de fabricação. Estamos na fase de lançamento, depois avaliaremos a demanda para depois passarmos ao próximo passo que é onde fabricá-la. A nossa estimativa é de que a produção em escala seja iniciada em 2019”, comentou o executivo dinamarquês à Agência CanalEnergia.

O país pode estar na rota de crescimento da empresa por meio dessa nova plataforma, isso porque a companhia coloca o Brasil como um dos mercados chave para as suas operações. Como a Vestas possui ações negociadas em bolsa há restrições para comentários sobre números e perspectiva de negócios bem como investimentos.

Contudo, o executivo aponta que a meta é de focar os esforços no mercado nacional para continuar a expansão. Ele argumentou que entre os fatores que atraem a companhia estão os recursos de ventos que existem no Brasil, a perspectiva de crescimento da demanda de energia e em consequência as metas de contratação de renováveis que o país apresenta, principalmente no PDE 2026, classificado por ele como um volume expressivo e que por isso coloca o país com um grande potencial para essa próxima década.

“Nós somos os líderes globais e vamos tentar fazer o nosso melhor no mercado brasileiro. Esperamos uma disputa dura pelo mercado, mas seremos bem competitivos”, comentou. Apesar desse otimismo lembrou da necessidade de estabilidade da demanda anual ao indicar mercados como o da Índia que promovem mesmo no mercado regulado um nível constante de demanda para o segmento. Esse fator, acrescentou ele, é o que traz a competitividade para o mercado.

Recentemente, a a empresa divulgou o balanço referente ao segundo trimestre do ano. Segundo os dados apresentados, a realização de pedidos de turbinas eólicas firmes e incondicionais atingiu 2.667 MW no período. O valor da carteira de pedidos de turbinas eólicas totalizou 9,1 bilhões de euros em 30 de junho de 2017. Além da carteira de pedidos de turbinas eólicas, há acordos com uma receita futura contratual esperada de 11,1 bilhões de euros no final de junho de 2017. Assim, o valor da carteira combinada de pedidos e contratos de serviços de turbinas eólicas foi de 20,2 bilhões de euros – um aumento de 2,1 bilhões de euros em relação ao mesmo período do anterior.

Dos números globais, a Vestas calcula que o Brasil foi responsável em 2016 pelo 8º maior volume de pedidos, um ano antes o país figurava como o 5º maior em pedidos. Mas, lembrou Dyrholm, esses números flutuam anualmente por serem sazonais e dependem da realização de projetos de infraestrutura. Os maiores mercados da companhia são os Estados Unidos e Alemanha. O terceiro maior depende do ano e dessa variação natural do mercado.

A companhia fechou 2016 com 371 MW contratados em energia eólica no país. Em 2015, a Vestas anunciou 376 MW em pedidos firmes e incondicionais. Todas as encomendas para a fábrica em Aquiraz, no Ceará, inaugurada em janeiro de 2016, são para a produção da turbina atual de 2,2 MW.