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A consultoria canadense CGI avalia que o mercado nacional de renováveis deverá seguir de forma mais acelerada o movimento de consolidação visto em países europeus. Por isso, vem trabalhando na implantação de sua solução de gerenciamento dessas fontes em uma única plataforma. Chamado de RMS, a empresa coloca em um mesmo ambiente a operação de um portfólio diversificado e pulverizado para centralizar a operação de um agente.
Segundo a gerente de Energia e Utilities em Renováveis da CGI, a portuguesa Rita Burnay, que esteve no Brazil Windpower 2017 para apresentar o produto, há uma grande oportunidade para essa plataforma por aqui uma vez que o Brasil acaba de alcançar 12 GW. Hoje, comentou a executiva, esse é o tamanho do mercado potencial.
Ela explicou que isso deve-se ao fato de que como uma importante parte da capacidade nacional ainda está sob operação dos fabricantes ou em período de garantia. Ferramentas como a RMS são aplicadas normalmente quando o gerador é quem precisa assumir os ativos após esse período. Além disso, como o país vem passando há alguns anos por um período de consolidação de diferentes parques e tecnologias em uma empresa há uma diversidade de marcas em uma única geradora com sistemas diferentes. “O RMS possibilita a integração dessas diferentes tecnologias e sistemas e padroniza a operação de ativos distintos. Assim o operador consegue fazer o acompanhamento por meio de indicadores de gestão operacionais que indicam falhas e promovem, quando possível, a retomada da operação de forma remota”, explicou.
Segundo os cálculos da CGI, os ganhos com eficiência por meio do RMS podem chegar a 1,5% no aumento da disponibilidade dos ativos e de 2% a 3% no volume de energia produzida a depender do fator de capacidade dos ativos. No Brasil, ressaltou, o retorno do investimento pode ser obtido em menos tempo, cerca de dois anos uma vez que os ventos brasileiros levam a um fator de capacidade médio que pode beirar os 50%, ao comparar os mesmos índices que nos Estados Unidos estão na faixa de 30 a 40% e de 30%, no máximo, na Europa.
No Brasil a solução já está em dois operadores com projetos em fontes diversificadas, a EDP Renováveis e um outro módulo em implantação na Queiroz Galvão. E esse momento de consolidação ao mesmo tempo que aumenta o volume de parques em operação abre essa possibilidade de crescimento no futuro para a plataforma. No início de 2018 está planejada a versão 4.0 do sistema que se baseia na internet das coisas.