O Brasil deverá ter superávit de energia este ano, fato que ocorrerá pela primeira vez desde 1940, ano inicial de disponibilidade de estatísticas globais de energia. As altas taxas de crescimento na produção de petróleo e na de gás natural, associadas a uma baixa demanda global de energia, vão proporcionar o superávit, disse o Ministério de Minas e Energia em comunicado nesta segunda-feira, 4 de setembro.

A produção de petróleo acumula alta de 10,9% até junho, sobre igual período de 2016. Em junho, o aumento foi de 5%. A produção de gás natural repete as boas taxas do petróleo, crescendo 8,9% no ano e 7,4% em junho. Em junho, a produção de biodiesel cresceu 22,5%, com expansão de 3,1% no ano, o que também contribui para a possibilidade de superávit, além da contribuição para a manutenção de uma matriz energética com alta proporção de renováveis .

As previsões para o ano de 2017 são que a demanda total de energia deve crescer perto de 1,5% e a demanda total de energia elétrica perto de 2%. As fontes renováveis na matriz energética ficam acima de 42% e as renováveis na matriz de oferta elétrica acima de 80%. A energia eólica sobe mais de 1 ponto percentual na matriz elétrica.

O Boletim Mensal de Energia é um documento elaborado pela Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Energético do MME e tem como objetivo acompanhar um conjunto de variáveis energéticas e não energéticas capaz de permitir razoável estimativa do comportamento mensal acumulado da demanda total de energia do Brasil.