O consumo de energia aumentou 0,94% em julho em comparação ao mesmo período de 2016. Sete setores puxaram o Índice Comerc Energia para cima no período: Veículos e Autopeças (3,46%), Eletromecânica (3%), Embalagens (2,72%), Siderurgia e Metalurgia (2,64%), Alimentos (1,60%), Papel e Celulose (1,41%) e Têxtil, Couro e Vestuário (1,20%).

No sentido inverso, chama a atenção o segmento de Química, cujo consumo no mês, frente ao mesmo período do ano passado, ficou em 5,77% negativos. Vale notar que, de acordo com o Relatório de Acompanhamento Conjuntural (RAC) da Associação Brasileira da Indústria Química, de julho, o setor de produtos químicos de uso industrial vive um enfraquecimento do ritmo de sua produção.

Segundo a entidade, em junho de 2017, por exemplo, o recuo foi de 4,56%, resultando em uma utilização da capacidade de suas unidades produtivas de apenas 73%; ou seja, com uma ociosidade de 27%. Segundo a mesma instituição, já no primeiro semestre, o setor assistiu a um recorde das importações.

“Todos esses dados setoriais do segmento de Química corroboram o que estamos vendo na nossa base de unidades consumidoras de energia. O setor produz menos e, consequentemente, consome menos energia”, comenta Cristopher Vlavianos, presidente da Comerc Energia.

Quando se compara o consumo de energia nos meses de 2017 (das doze categorias monitoradas) frente o mesmo período em 2016, observa-se que, desde dezembro, há uma tendência a uma menor variação no consumo nos próximos meses. “À exceção do mês de abril, quando o consumo recuou -3,83%, a partir de fevereiro as variações positivas ou negativas têm sido cada vez menores, o que pode sinalizar uma tendência a uma maior estabilidade no consumo”, ressalta o presidente da Comerc Energia.

O Índice Comerc Energia, publicado mensalmente, leva em conta o consumo das cerca de 1.300 unidades na sua carteira, pertencentes a mais de 700 grupos industriais e comerciais que compram energia elétrica no mercado livre.