O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico estuda aumentar a importação internacional de energia a preços competitivos, incentivar o uso racional e aumentar as transferências de energia entre os subsistemas, para preservar o nível de armazenamento dos reservatórios das hidrelétricas. A avaliação é de que o abastecimento está garantido, mas há um aumento de custos associado ao uso de energia termelétrica mais cara.
As condições de atendimento ao Sistema Interligado serão reavaliadas pelo CMSE, em reunião extraordinária marcada para daqui a quinze dias. Em nota divulgada nesta quarta-feira, 6, após a reunião mensal de setembro, o comitê informa que a reavaliação incluirá o custo benefícios da utilização do despacho térmico fora da ordem de mérito.
O mercado trabalha com a expectativa de retorno da bandeira tarifária vermelha em outubro como consequência do aumento do custo de geração. A avaliação do comitê corrobora essa expectativa, mesmo mantendo em 0% a avaliação de risco de déficit de energia em 2017 de acordo com as séries históricas, e em 0,1% pelas séries sintéticas de vazão.
As previsões meteorológicas mais recentes apontam para uma maior probabilidade de chuvas abaixo da média histórica na porção Centro-Norte do Brasil, o que pode retardar o início da próxima estação chuvosa. Um agravante desse quadro são as afluências “bem abaixo da média histórica” para a região Sul, que passou a receber energia do Sudeste/Centro-Oeste.
Dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico montes que a Energia Natural Afluente bruta em agosto ficou em 86% da Média de Longo Termo no Sudeste/Centro-Oeste, em 51% no Sul, em 31% no Nordeste e em 58% no Norte. O mês fechou com Energia Armazenada nos reservatórios equivalentes de 32,5% no SE/CO, 56,7% no Sul, 12,5% no NE e 51,5% no Norte. Para setembro, a expectativa é de que o armazenamento atinja 27,0% (SE/CO), 51,1% (S), 8,5% (NE) e 36,6% (N).