A agência de classificação de risco Fitch Rating atribuiu nesta quarta-feira, 13 de setembro, o rating nacional de longo prazo “A-(bra)” à proposta de 13ª emissão de debêntures da Light Serviços de Eletricidade S.A., totalizando inicialmente R$ 400 milhões e que pode chegar a R$ 540 milhões, caso sejam emitidas debêntures suplementares e adicionais. A nota é a mesma atribuída pela Fitch à própria Light Sesa, à controladora Light S.A. e à Light Energia, todas avaliadas com o rating nacional de longo prazo “A-(bra)”, com perspectiva estável.

Os ratings das empresas do grupo e consequentemente da emissão de debêntures, segundo a Fitch, refletem a visão de que a revisão tarifária da Light Sesa, concluída em março de 2017, foi positiva, possibilitando o fortalecimento do EBITDA consolidado e redução da atual alavancagem líquida ajustada, atingindo patamares inferiores a 4,0 vezes a partir de 2019. A Fitch considera que a melhora nas métricas de crédito tornam mais favoráveis as condições para que o grupo equacione as necessidades de rolagem de dívida de curto prazo e fortaleça sua posição de liquidez.

A análise, de acordo com a agência, não incorpora a perspectiva de alteração na composição acionária a curto prazo do grupo Light, na medida em que, na visão da Fitch, o perfil de crédito mais pressionado de seu principal acionista, a Cemig, atualmente limita acesso a crédito. A Cemig já anunciou que pretende alienar a totalidade de suas ações na Light ainda este ano. A análise considerou que os negócios do setor de energia brasileiro apresentam risco regulatório moderado e que a exposição a risco hidrológico, inerente ao setor, ainda se encontra acima da média.

A Fitch acredita que o fluxo de caixa do grupo Light deverá ser enfraquecido em 2017 pela devolução parcial do saldo de passivos regulatórios incorporados à tarifa da Light Sesa no último reajuste tarifário, que totalizava R$ 558 milhões ao final de junho. A Fitch considera que o grupo Light apresentará fluxo de caixa livre positivo a partir de 2018. Os recursos com a emissão de debêntures serão destinados à execução do plano de investimentos no âmbito do Plano de Desenvolvimento de Distribuição apresentado à Agência Nacional de Energia Elétrica ainda em 2017.