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Um dos principais softwares para simulação de operação desenvolvidos pela consultoria PSR vem ganhando cada vez mais destaque no mercado internacional. O modelo computacional SDDP, criado pela empresa brasileira nos anos 1990 para ser um programa similar ao Newave, utilizado pelo governo brasileiro, atualmente é utilizado como ferramenta de estimativa de custo spot em mais de trinta países e em um dos mais relevantes mercados de energia do mundo, o Nord Pool, onde vem apresentando altos índices de assertividade nas projeções de preços em cenários de curto prazo.
Abarcando Noruega, Dinamarca, Suécia, Finlândia, Letônia, Lituânia e Estônia, além de negociações com Alemanha e Reino Unido, o Nord Pool adota o método de oferta de preços, a partir do qual a definição do valor da energia é dada não por modelagens matemáticas, mas pela flutuação natural das transações comerciais dentro do próprio mercado. Neste caso, o software da PSR é oferecido a clientes do serviço de informação Eikon, desenvolvido pela Thomson Reuters como uma ferramenta de projeção semanal de preços com base naquilo que os agentes acreditam que vá se confirmar.
Utilizado no mercado escandinavo desde 2008, o modelo de simulação operativa SDDP vem apresentando um índice de acerto próximo a 100% em relação às previsões feitas para o preço da energia no Nord Pool, chegando a confirmar o valor com exatidão em 15 dos últimos 16 meses. O diretor-técnico da PSR, Bernardo Bezerra, observa que, no caso específico do Nord Pool, o modelo SDDP utiliza como dados de entrada as projeções de vazão (oriundas do degelo), de demanda, de preços de combustíveis e de oferta de usinas que estarão realmente aptas a operar no sistema.
“O modelo é um ótimo previsor do que efetivamente acontece em termos de precificação da energia”, avalia Bezerra. Ele explica que, além de projetar preços, o SDDP opera como modelo de projeção de despacho hidrotérmico, servindo como um orientador para a tomada de decisão. No Brasil, a ferramenta é utilizada por geradores, comercializadores, empresas de consultoria e pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico para composição horária e representação da oferta girante no sistema, considerando a variabilidade das fontes renováveis não convencionais – solar fotovoltaica e eólica.
O diretor da PSR explica que, por ser um modelo individualizado, o SDDP enxerga cada empreendimento de geração do país separadamente ao projetar o despacho de um sistema, levando em conta, ainda, toda a malha de transmissão, entre linhas e subestações. Atualmente o modelo é usado no planejamento da expansão do sistema elétrico por agentes privados do Chile e no despacho pelos órgãos de operação da Colômbia, Bolívia, Guatemala, El Salvador, Equador, Panamá e Venezuela. O SDDP também é usado, não-oficialmente, em países como Estados Unidos, Canadá e China.
(Nota da Redação: matéria alterada para correção de informação no último parágrafo. Ao contrário do informado, o sistema é usado por agentes privados e não pelo governo do Chile)