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A oferta de gás natural no país deve ter um aumento de até 16 milhões de m³/dia até 2026, de acordo com projeções da Empresa de Pesquisa Energética. Em palestra realizada nesta segunda-feira, 25 de setembro, durante o “Seminário de Gás Natural” do Instituto de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, no Rio de Janeiro (RJ), o superintendente de Gás Natural e Biocombustíveis da estatal, Giovani Machado, explicou que o aumento da oferta da camada pré-sal será significativo no período.
Na contrapartida do aumento da oferta virá a queda na importação da Bolívia, em uma redução que pode cair até 10 milhões de m³/dia nas futuras renovações de contratos. “Haverá a manutenção do contrato de 30 milhões de m³/dia até 2019 e nas renovações posteriores uma redução que poderá chegar a 10 milhões de m³/dia”, diz. Recentemente, a EPE lançou, em parceria com o IBP, uma nota técnica conjunta sobre o panorama de gás na Bolívia. Há a possibilidade de interconexão futura com os países vizinhos, mas isso ainda estaria atrelado ao andamento do mercado de gás não convencional, o shale gas, na Argentina.
As projeções da EPE não captam a entrada do terminal de GNL no Sergipe na malha integrada. O terminal vai suprir a UTE Porto de Sergipe I (SE – 1.500 MW) que deve entrar em operação em 2020 e faz parte do complexo termelétrico Governador Marcelo Déda. Ainda segundo ele, há um debate sobre o impacto da demanda de gás caso toda a necessidade de complementação de geração por conta de ponta, sazonalidade ou intermitência seja suprida por gás natural. “É pouco provável que isso aconteça, estamos fazendo testes”, avisa.
Esse cenário traz a discussão sobre qual o papel dos terminais de GNL. Além dos já existentes, localizados no Rio de Janeiro, Bahia e Ceará, mais três estão anunciados, no Sergipe, Rio Grande do Sul e Porto do Açu. Existem outros projetos para serem viabilizados, mas isso viria apenas para atender uma demanda maior de térmicas. “Não está claro se há espaço para todos, dependeria da competitividade do gás”, observa.