A AES Tietê Energia anunciou na noite da última segunda-feira, 26 de setembro, que fechou acordo com a Cobra Brasil Serviços, Comunicações e Energia para a aquisição de cinco sociedades de propósito específico responsáveis por usinas solares fotovoltaicas localizadas no município de Guaimbê (SP) que formam o Complexo Bauru Solar. O acordo prevê realizar um investimento de até R$ 470 milhões por meio de debêntures a serem emitidas entre setembro de 2017 e março de 2018, a fim de financiar a construção dos projetos pela Cobra do Brasil. A geradora poderá realizar ainda um novo investimento no montante previsto de R$ 180 milhões por meio de aumento de capital nas SPEs e aquisição da participação acionária residual detida pela Cobra do Brasil nessas sociedades.
No comunicado publicado no site da Comissão de Valores Mobiliários, a AES Tietê relaciona que as autorizações para implementação do Complexo Bauru Solar foram outorgadas às SPEs após o 6º Leilão de Energia de Reserva realizado em 31 de outubro de 2014, com energia contratada por 20 anos ao preço médio de R$ 218,85/MWh e capacidade total projetada de 180 MWp. O início de operação comercial está previsto para maio de 2018.
A companhia do Grupo AES Brasil aponta ainda que o montante total acordado para as operações, de R$ 650 milhões, tem por base todos os custos envolvidos na implementação e entrada em operação comercial do Complexo Bauru Solar e aquisição pela Companhia, podendo sofrer ajustes usuais neste tipo de operação incluindo ajustes de capital de giro e dívida líquida.
“Este acordo de investimentos contribuirá para a estratégia de crescimento da AES Tietê de, até 2020, compor 50% de seu Ebitda com fontes não hidráulicas com contratos regulados de compra e venda de energia elétrica de longo prazo, reiterando o compromisso dos seus acionistas com o investimento no país. Somado a isso o Complexo Bauru Solar expande em 6% a atual capacidade instalada da AES Tietê no estado de São Paulo”, afirmou no comunicado.
No mesmo dia a empresa informou que concluiu a aquisição da totalidade das ações representativas do capital social de três sociedades de propósito específico detentoras de autorizações para a construção de usinas de fonte solar fotovoltaica que formam o Complexo Solar Boa Hora. O valor total da aquisição foi de R$ 75 milhões, também sujeito a ajustes usuais em operações dessa natureza, que deve ocorrer em 45 dias após a data do fechamento da operação e pago com recursos disponíveis em caixa.
Esse segundo Complexo Solar foi outorgado no 8º Leilão de Energia de Reserva realizado em 13 de novembro de 2015 com energia contratada por 20 anos a R$ 291,75/MWh, com início de operação comercial previsto para novembro de 2018, com capacidade total projetada de 91 MWp.