O sucesso do leilão de venda das usinas hidrelétricas que pertenceram à Cemig tem importância muito maior que a arrecadação para o caixa do governo, na opinião da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro. Em nota divulgada nesta quinta-feira, 28 de setembro, a entidade afirma que o resultado do certame é também “um excelente termômetro da volta de investidores ao mercado brasileiro, depois de dois anos da pior recessão da história do país”.
Segundo a Firjan, “a sinalização é ainda mais positiva considerando a decisão do governo, anunciada recentemente, de privatizar a Eletrobras”. As usinas de Jaguara, Miranda, São Simão e Volta Grande foram vendidas por R$ 12,1 bilhões, com ágio de R$ 9,7% em relação ao valor mínimo de R$ 11 bilhões estabelecido para as outorgas dos empreendimentos.
Para a federação que representa a indústria fluminense, há uma perspectiva de redução de tarifas com a diminuição da presença do Estado no setor e os ganhos de eficiência proporcionados pela gestão privada desses ativos. Existe, além disso, um estímulo à retomada de investimentos em outros setores.