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A bandeira tarifária de outubro será vermelha e vai atingir o patamar 2 pela primeira vez desde janeiro de 2016. Isso significará, na prática, um custo adicional na conta de energia de R$ 3,50 para cada 100 kWh consumidos. A decisão da Agência Nacional de Energia Elétrica reflete o agravamento da situação hidrológica em setembro, considerado o pior mês dos 86 anos do histórico de vazões.

“O nível de armazenamento é crítico e, por isso, vamos estar sob a bandeira vermelha patamar 2 no mês de outubro”, anunciou o diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, em entrevista nesta sexta-feira, 29 de setembro. Rufino disse que, com a limitação da capacidade de operação das usinas hidrelétricas nesse final de período seco, a tendência é que haja o despacho de usinas termelétricas mais caras, apesar da decisão do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico de manter o despacho por ordem de mérito de custo.

Considerando que a média do consumo residencial  mensal é de 160/kwh, o aumento médio para o consumidor no mês que vem será de R$ 5,60. Segundo Rufino, o acréscimo tarifário sinalizado pelo mecanismo para outubro não é o maior em termos de valor. Em 2015, embora não tivesse o patamar 2, a bandeira vermelha significava um aumento na conta de R$ 5,50 para cada 100 kWh consumidos.

Para reduzir o impacto das térmicas sobre o custo da energia, o CMSE autorizou o aumento da importação de energia. O Brasil importa atualmente em torno de 400 MW médios do Uruguai e já estão autorizados em torno de 1.000 MW médios da Argentina. A entrada dessa energia só será autorizada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico se o preço for menor que o das termelétricas que operam no Brasil.

“Do lado da oferta, está sendo feito todo o esforço no sentido de usar a capacidade instalada que nós temos, minimizando o impacto em termos de preço”, disse Rufino. Ele lembrou que a sinalização também traz uma mensagem do lado da demanda, que é a necessidade de adoção do consumo consciente, evitando desperdícios. “Não temos sinal para o próximo mês de reversão do cenário hidrológico. Não temos como prever se vai voltar para o patamar 1”, disse.

Além da importação, outra opção considerada pelo CMSE é a reativação de termelétricas que estão á disposição do sistema, mas que ainda precisam equacionar a questão do fornecimento de combustível. É o caso da térmica a gás de Cuiabá, da JBS, que tem potência elevada e interessa ao governo, mas tem uma pendência contratual com a Petrobras.

A Aneel vai iniciar uma campanha de incentivo ao uso racional da energia elétrica, com foco no uso que o consumidor faz de eletrodomésticos e de outros aparelhos que consomem energia nas residencias. As primeiras peças serão divulgadas nas mídias sociais da própria agência e enviadas para divulgação para as distribuidoras de energia elétrica. Está prevista também uma campanha na mídia tradicional, com peças que serão exibidas nos canais de televisão.