fechados por mês
eventos do CanalEnergia
mantenha-se informado
sobre o setor de energia.
A Itaipu Binacional realiza nessa semana um workshop com fabricantes de equipamentos que estão interessados em participar da licitação internacional para o projeto de modernização da usina que deverá levar 10 anos e consumir cerca de US$ 500 milhões. A ideia inicial é de publicar o edital da concorrência no início de 2018 e começar essa renovação de equipamentos a partir de 2019.
De acordo com o diretor-geral brasileiro da usina, Luiz Fernando Vianna, essa é a estimativa inicial, o cronograma ainda não está definido até porque o processo é longo e a meta da empresa é de conduzir essa modernização sem perder ou comprometer a produtividade da UHE localizada no rio Paraná. Dentre os interessados nesse processo estão empresas de diversas nacionalidades, contando até mesmo com mais de uma companhia chinesa.
“Estamos realizando esse workshop, depois vamos preparar a licitação. Temos a preocupação de que essas paradas não prejudiquem a produtividade”, comentou ele após a abertura do 8º Seminário Nacional de Operadores de Sistemas e de Instalações Elétricas, realizado em Foz do Iguaçu (PR). “Esse encontro com os fabricantes tem como meta apresentar o que será feito nesse projeto, o escopo do trabalho e as obras a serem executadas”, acrescentou.
Até pelo fato de que a Itaipu Binacional tem como meta preservar a produção de energia é que o cronograma definitivo ainda não foi determinado. A meta é de que o prazo das obras dure até 10 anos. “Isso depende da otimização e da produtividade da usina”, ressaltou.
Esse plano de modernização chega no momento em que a usina com 14 GW de capacidade instalada completa 33 anos de operação comercial. Ao se confirmar esse inicio de obras em 2019, serão 35 anos desde o início da geração da primeira turbina, que ocorreu em 1984.
Inclusive, a produção de Itaipu neste ano deverá ficar entre os cinco melhores registrados pela usina binacional. A estimativa é a de alcançar a geração consolidada de 70 milhões de MWh ao final de outubro. Para efeitos de comparação, nesse mesmo período de 2016 o nível de produção acumulada no ano estava em 78 milhões de MWh.
Por este motivo, comentou Vianna, a produção de Itaipu não baterá novo recorde em 2017, mas será um dos mais produtivos dos últimos anos.
Foi em 2016 que a usina reportou o recorde mundial de geração anual por uma única usina com pouco mais de 103 milhões de MWh de geração de energia. Antes desse, os outros melhores períodos foram 2000 com 93,4 milhões de MWh, 2008 com 94,7 milhões de MWh, 2012 com 98,3 milhões de MWh e 2013 com 98,6 milhões de MWh. E já para novembro a UHE Itaipu projeta alcançar uma nova marca histórrica. A previsão é de produção acumulada de 2,5 bilhões de MWh desde que a central entrou em operação, em 1984.
O cenário é de otimismo na UHE localizada no rio Paraná, aliás para o mês de outubro, segundo a projeção do Operador Nacional do Sistema Elétrico, divulgada na semana passada, é justamente em Itaipu que se tem o único reservatório com Energia Natural Afluente dentro da média histórica. As demais regiões de interesse do SIN permanecerão com indicadores de afluências abaixo desse patamar em decorrência do nível reduzido de chuvas o mês de setembro.
*O repórter viajou a convite de Itaipu Binacional