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A situação da Itaipu Binacional tanto quanto da Eletronuclear nesse processo de privatização da Eletrobras é de simples solução. Essa é a avaliação do diretor geral brasileiro da usina, Luiz Fernando Vianna. Entre os caminhos que o governo poderia adotar está o de criar uma estrutura estatal abaixo do Ministério de Minas e Energia e cindir a holding que controla a metade brasileira da geradora binacional. Contudo, essa ação deve ocorrer antes da venda de ações que pretende reduzir a participação do governo federal na elétrica a menos de 50%.

O executivo apontou ainda que é possível que se faça a cisão de uma das subsidiárias atuais da Eletrobras para que esta assuma a Itaipu Binacional. “Há soluções e elas são simples, Itaipu não será o problema para a privatização da Eletrobras”, afirmou Vianna em entrevista após o 8º Seminário Nacional de Operadores de Sistemas e de Instalações Elétricas, realizado em Foz do Iguaçu esta semana. “Mesmo que o governo quisesse privatizar Itaipu não pode porque é regido por um acordo internacional”, complementou.

Por este motivo, a solução precisa ser encontrada e adotada nos próximos três meses já que a meta do governo é a de no primeiro semestre realizar a diluição de sua participação no capital da elétrica e assim deixar de ser acionista majoritário. Vianna lembrou que o próprio ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, já sinalizou com esses prazos para a capitalização da elétrica.

Em artigo recentemente publicado, ele lembra que a usina precisará ter um tratamento especial pois pelo tratado de 1973 os governos encarregaram a Ande e a Eletrobras para implantar a usina. E que essa perspectiva de mudança no controle da holding não poderá afetar em nada Itaipu. Além disso, lembrou de exemplos de outros países como modelos que deram certo e catapultaram empresas ao mercado internacional que tornaram-se grandes players como a italiana Enel, a portuguesa EDP e a francesa EDF. Além disso, em casos estratégicos há a meta de ter a golden share para manter poder de veto a questões específicas.

Vianna se declarou um defensor do processo de privatização até porque o governo não tem dinheiro para investimentos e cita o caso da telefonia como um modelo que trouxe benefícios ao país como mais aportes, emprego e renda. E lembra que o estado investia em infraestrutura na década de 1960 para garantir serviços básicos que não eram atraentes para a iniciativa privada, um fator que hoje em dia está em uma posição oposta.

*O repórter viajou a convite de Itaipu