Nos dias 17 e 18 de outubro, a Associação Brasileira de Biogás e Biometano – ABiogás – realizará o maior evento da América Latina sobre biogás e biometano. Trata-se do “IV Fórum do Biogás”, que acontecerá das 8h30 às 19h, no Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo (IEE). O objetivo do encontro é debater sobre como a fonte pode ajudar o Brasil a atingir as metas de redução de emissões, bem como as perspectivas e necessidades para a inserção definitiva do biogás e do biometano na matriz energética nacional.

Em sua quarta edição, o evento é tido como principal encontro promovido sobre o tema no país, sendo direcionado a empresas transmissoras, geradoras, distribuidoras, comercializadoras, autoprodutores de energia elétrica, empresários, engenheiros, profissionais do setor energético e agentes do governo.

Para o presidente da ABiogás, Alessandro Gardemann, essa é a oportunidade de fornecer aos formadores de opinião e tomadores de decisão informações necessárias para que o Brasil elabore uma política pública que reconheça os referidos biocombustíveis e suas externalidades positivas. “A indústria do biogás está consolidada no Brasil, possui pegada negativa de carbono, tem estrutura de preço estável, não sofre com oscilações cambiais e variação do preço internacional, tem competitividade frente ao diesel e viabiliza a cadeia de tratamento de resíduos”.

Gardemann lembra que o segmento do biogás cria um mercado nacional forte e projeta para o futuro uma indústria nacional para geração de energia. Segundo dados da Associação, o Brasil pode gerar cerca de 52 bilhões metros cúbicos de biogás por ano, isso equivale 115 mil GWh de energia elétrica com o não aproveitamento dos rejeitos urbanos, da pecuária e agroindústria que são desperdiçados. Esse volume poderia abastecer 25% de toda energia elétrica consumida em 2016.

O Fórum irá reunir as maiores autoridades do Brasil no assunto para debater temas como o Programa RenovaBio – o mais audacioso projeto do Governo Federal para uma política nacional de biocombustíveis e mitigação das mudanças climáticas -, o aproveitamento energético dos resíduos para geração do biogás e os desafios para o desenvolvimento do insumo como fonte de energia no Brasil.

Na avaliação do vice-presidente da ABiogás, Gabriel Kropsch, o evento também irá apresentar cases de sucesso, as vantagens do uso do insumo na geração de energia térmica, elétrica e veicular e os avanços nas políticas estaduais, como Marco Legal de Santa Catarina – o primeiro documento no Brasil que traz uma legislação específica para a cadeia do biogás – eno âmbito federal a resolução da ANP que estabelece regras para controle de qualidade do biometano.

“Temos importantes projetos de referência para os diversos usos e modelos de negócio. Recentemente o Brasil inaugurou a maior termelétrica movida a biogás do país; já existe uma frota de carros que pode ser abastecida com biometano; e uma montadora já comercializa veículos pesados movidos a biometano. A indústria do biogás está se estabelecendo e se mostra como uma commodity energética e ambiental”, explicou Gabriel.

O executivo conta ainda que o arranjo de negócio de biogás e biometano é descentralizado e pode resolver o problema de demanda de energia e estimular o desenvolvimento de uma cadeia de negócios.

“O sistema elétrico brasileiro necessita de maleabilidade de despacho para complementar a inserção de fontes de geração variável, a diminuição relativa da capacidade de armazenamento de energia em reservatórios deve ser compensada pelo aumento da capacidade de outro tipo de fonte. O biogás atende a essa exigência, pois tem oferta firme, com flexibilidade operacional e capacidade de armazenagem. O VI Fórum do biogás é a grande oportunidade de discutir o biogás e o biometano na matriz energética brasileira”, complementou. Para saber outras informações acesse o site www.forumdobiogas.com.br.