O consumo nacional de energia elétrica em setembro somou 60.663 MW, aumentou 2,3% na comparação com o mesmo período do ano passado, informou a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), em nota divulgada à imprensa nesta quinta-feira, 5 de outubro. Os dados, porém, são preliminares e constam na mais recente edição do boletim InfoMercado Semanal Dinâmico.
No Ambiente de Contratação Livre (ACL), o boletim indica elevação de 12% no consumo, índice que já leva em conta as novas cargas de consumidores vindas do mercado cativo (ACR). Sem a presença dessa migração na análise, o ACL teria retração de 0,8% no consumo. Já a energia consumida no Ambiente de Contratação Regulado (ACR) caiu 1,3%, índice que reflete a migração de consumidores para o mercado livre (ACL). Haveria alta de 3,6% nesse consumo, caso tal movimento de mercado fosse desconsiderado.
Dentre os ramos da indústria avaliados pela CCEE, incluindo dados de autoprodutores, varejistas, consumidores livres e especiais, os setores de veículos (+6,5%), saneamento (+5,8%) e de madeira, papel e celulose (+3,3%) registraram incremento no consumo, mesmo quando a migração é desconsiderada. Os maiores índices de retração, nesse mesmo cenário, pertencem aos segmentos de bebidas (-7,7%), químico (-6,9%) e de minerais não metálicos (-6,3%).
GERAÇÃO
Em setembro, a geração de energia no Sistema Interligado Nacional totalizou 62.646 MW médios, montante 1,4% superior à produção em 2016. O crescimento é impulsionado pelo incremento de 21,2% na geração das usinas térmicas e de 39,7% das eólicas. A geração hidráulica, que inclui grandes e pequenas centrais hidrelétricas, caiu 10% no período.
O InfoMercado Semanal Dinâmico também apresenta estimativa de que as usinas hidrelétricas integrantes do Mecanismo de Realocação de Energia (MRE) gerem, em setembro, o equivalente a 62,5% de suas garantias físicas, ou 37.628 MW médios em energia elétrica. Para fins de repactuação do risco hidrológico, o percentual foi de 68,3%.