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Os próximos dois anos serão de mudanças profundas para adequar o Operador Nacional do Sistema Elétrico às novas condições de operação do SIN. São cinco os principais vetores que direcionarão as formas de atender às demandas do sistema e que foram identificados pelo ONS. São questões como o avanço das fontes variáveis e da geração distribuída, da tecnologia, veículos elétricos, necessidade de maior segurança cibernética e alterações no marco regulatório do país.

De acordo com o diretor-geral do ONS, Luiz Eduardo Barata, apesar desse cenário o Brasil apresenta uma vantagem significativa que é a de termos tempo para nos preparamos para esse cenário. Estes avanços são classificados como inexoráveis e chegarão ao Brasil. “Quando acontecerem isso significará que teremos saído da crise. Enquanto não ocorrem, estamos nos preparando por meio de acordos operacionais com os maiores operadores de sistemas elétricos do mundo. Conhecendo os problemas, podemos enfrentá-los e superar as barreiras e vamos fazer isso por meio de processos de inovação”, comentou ele em sua apresentação no último dia do 8º Seminário Nacional de Operadores de Sistemas e de Instalações Elétricas, em Foz do Iguaçu (PR).

Todos esses fatores representam uma mudança de paradigma do setor elétrico que temos hoje. Ele lembrou que a necessidade de monitoramento da rede em tempo real será cada vez mais necessária em comparação com a possibilidade de programação que existe atualmente. Isso porque a geração de energia está se dispersando com as fontes variáveis e a expansão da geração distribuída. A primeira modalidade por conta de sua variação diária e a segunda pela possibilidade de o consumidor ter o poder de tomar decisões e fazer parte do sistema ao ser classificado como ‘prosumidor’.

Em paralelo estão o que ele classificou como motores dessa mudança, que são a carga pelo novo perfil do consumidor e, em um horizonte de mais longo prazo, a inserção do veiculo elétrico e sua incerteza de onde a carga será originada. A tecnologia e as necessidades de segurança cibernética, a necessidade de operadores mais preparados para essa operação em tempo real e segurança da rede, e ainda, a inserção de novos players com a digitalização do setor de energia. E para finalizar, aqui no Brasil, a mudança do marco legal com novidades como a resposta da demanda.

Ele relatou que para atender a essas demandas há desafios técnicos que também foram mapeados. Um deles é de aumentar o amadurecimento das aplicações, a melhoria da qualidade das medidas – e esse fator depende dos agentes – e melhorar as informações de cadastro. E ainda, aprimorar a integração de outras ferramentas corporativas e desenvolvimento da infraestrutura da rede e a introdução de ferramentas para auxiliar na previsão de variação de carga no curto prazo e em tempo real.

Para atender a esses desafios que o ONS busca estabelecer projetos para integração de ferramentas de apoio à tomada de decisão e à operação em tempo real. Citou ainda a necessidade de haver redundâncias de dados e de comunicação para o sistema. Resultado de um roadmap tecnológico que levou ao desenvolvimento do atual plano diretor de desenvolvimento tecnológico.

Entre as medidas que estão em desenvolvimento no ONS está o de desenvolver um sistema de medição sincronizada de fasores do SIN por meio de PMUs, uma mudança que está em andamento no país. O que na prática significa ter a medição em tempo real do comportamento da rede em tempo real e assim fornecer subsídios para os operadores. Entre os motivos para essa iniciativa está justamente o fato da maior imprevisibilidade de demanda com o avanço dos ‘prosumidores’.

E isso, destacou Renan Leites, engenheiro de sistemas de potência do ONS, leva à necessidade de atuar de forma sinérgica e integrada em termos de sistemas de comunicação que deve ser padronizada. “Não adianta evoluir e inovar sem compartilhar com todos”, definiu ele.

Investir nesse tipo de tecnologia tem como perspectiva a elevação do volume de dados da operação que será 37 vezes mais elevado do que com os equipamentos analógicos que ainda estão em funcionamento no SIN. Esse projeto deverá ser finalizado ao final de 2018 e será um passo importante para a operação ao colocar 1 mil PMUs em funcionamento. A norte-americana GE que conduz esse projeto contratado no mês de xxx. Ao final desse período, comentou o representante, o ONS estará na vanguarda em todo o mundo ao melhorar a segurança da operação em tempo real.

*O repórter viajou a convite de Itaipu Binacional