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Os pontos em aberto na proposta de reforma institucional do setor elétrico não devem afetar os planos de investimentos e de crescimento de mercado que o grupo América Energia faz para os próximos anos no Brasil. Um dos cinco principais do país no segmento de comercialização de energia, com aproximadamente 700 MWmédios transacionados mensalmente, a empresa pretende centrar foco nos próximos seis anos na expansão dos negócios em duas outras divisões de atuação, de geração e de eficiência energética, para onde deverá direcionar investimentos de R$ 500 milhões até 2023.

A América Energia será um dos destaques da feira de negócio na primeira edição do Energy Expo Forum, que o Grupo CanalEnergia promoverá nos dias 18 e 19 de outubro no Transamérica Expo Center, em São Paulo. Composto ainda por congresso e workshops, o evento será direcionado exclusivamente para o novo consumidor de energia, seja ele livre ou cativo, com foco em três pilares de negócio: GD & Autoprodução, Mercado Livre e Eficiência Energética. Detalhes sobre a programação, inscrições e informações adicionais estão disponíveis no site www.energyexpoforum.com.br.

Atualmente com um parque gerador operando com 24 empreendimentos, entre centrais geradoras hidrelétricas e pequenas centrais hidrelétricas, o grupo conta ainda com cinco projetos em fase de construção, que somarão mais 105 MW de capacidade instalada ao portfólio de geração da holding. O montante já investido totaliza cerca de R$ 1,4 bilhão. A ideia é que, nos próximos anos, a atuação nessa área englobe não apenas usinas hidrelétricas, mas também projetos de solar fotovoltaica dentro da gama de serviços oferecidos no segmento de eficiência – área mais nova de atuação.

“Entendemos que, cada vez mais, o consumidor deseja um atendimento mais completo e abrangente, e isso vale tanto para os grandes clientes quanto para aqueles de porte médio, com demanda na casa dos 10 MWmédios. É esse o diferencial que pretendemos oferecer em um mercado tão disputado quanto o da energia”, explica o diretor-presidente da América Energia, Andrew Frank Storfer. No caso da atividade na área de eficiência energética, o pacote de produtos do grupo envolve, além da geração distribuída fotovoltaica, otimização do consumo com iluminação e refrigeração.

Outro braço relevante nas atividades da América – cujo faturamento anual supera os R$ 2,5 bilhões – é a gestão de serviços, por meio da qual atua junto a cerca de 500 clientes no mercado livre. A ampliação do espaço de comercialização de energia não regulado pelo governo é, aliás, é uma das maiores expectativas que o executivo tem com as mudanças estruturais em gestação na construção do novo modelo regulatório do setor. Stofer acredita que, do conjunto apresentado na Consulta Pública 33, alguns pontos deverão ser melhor tratados antes de irem à tramitação no Congresso Nacional.

Um deles é o que traz a obrigação de contratação do comercializador varejista por consumidores com demanda abaixo de 1 MW e que desejam atuar na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica. “Isso, em um primeiro momento, pode ser um inibidor para a migração de novos agentes para o mercado livre”, avalia. Apesar de defender ajustes nas regras propostas na CP 33, o presidente da holding classifica a iniciativa do Ministério de Minas e Energia de reformar as bases do setor elétrico como “extremamente positiva”, devendo resultar em um marco estável e blindado a judicializações.