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A formalização do consórcio que será responsável pela implantação de uma UTE no bairro de Pedreira, zona sul de São Paulo, ainda não ocorreu, mas um passo precedente para essa medida foi finalizado na última semana de setembro. A Emae e a Gasen-Siemens, duas das participantes do grupo selecionado por meio de chamada pública do governo do Estado, assinaram um contrato para o desenvolvimento e construção da central de geração.
O projeto denominado Parque Térmico Pedreira, ficará localizado em um terreno de 120 mil metros quadrados junto ao complexo térmico Piratininga, que é formado pelas usinas Piratininga e Fernando Gasparian, que possuem juntas cerca de 470 MW de capacidade instalada e estão ao lado da barragem da represa Billings. A capacidade dessa nova usina está estimada entre 1.200 e 1.500 MW. Próximo ao local já há pontos de conexão com sistemas de transmissão em 88 kV, 230 kV e 345 kV, bem como acesso a gasodutos.
O início do projeto se deu em 2015 com a realização da chamada pública que selecionou as empresas do consórcio. Segundo a secretaria de Energia e Mineração do estado faltam apenas alguns ajustes legais para a formalização, bem como a divisão da participação de cada empresa no projeto. A ideia é de ter a estatal Emae como minoritária, responsável pela disponibilização de ativos locacionais e pelo licenciamento ambiental. A Gasen, pelo desenvolvimento e implantação do projeto, bem como sua viabilização financeira.
A usina projetada será um dos fatores que irão desenvolver a chamada rota 4 do gás em São Paulo. O secretário de energia do estado, João Carlos de Souza Meirelles, já apontou em diversas ocasiões que até o gás do pré sal chegar, a via de internalizar o combustível será por meio de uma central de regaseificação de GNL a ser instalada no litoral paulista. Ainda sem local definido.
A terceira empresa escolhida na chamada pública foi a AES Tietê Energia, que em março de 2016 assinou memorando de entendimento não vinculante com a Emae para analisar a viabilidade de desenvolvimento do projeto. Em um breve comunicado, a companhia informou por meio de sua assessoria de imprensa que os termos definitivos da parceria seguem em negociação.
Em seu mais recente resultado, referente a junho de 2017, a geradora deu baixa contábil na opção de compra de um projeto térmico no interior do estado de São Paulo que teria 579 MW de capacidade instalada e que foi assinado em 2012. Contudo, a empresa relata que as dificuldades para fechar contrato de fornecimento de gás não teve solução até meados do ano. Outra usina no radar da empresa é o da Termo São Paulo, com cerca de 500 MW.