A usina nuclear de Angra 1 (640 MW), no Rio de Janeiro, voltou a produzir energia na último domingo, 14 de outubro. A unidade estava desligada desde 19 de agosto para reabastecimento de um terço do combustível nuclear. O retorno à operação aconteceu dois dias antes do combinado com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

Em nota, a Eletronuclear explicou que a duração da parada foi maior do que o usual devido à troca dos transformadores principais, que conectam Angra 1 às linhas de transmissão. Outros destaques foram os reparos na turbina de alta pressão, a troca das cunhas do gerador elétrico principal e uma revisão na bomba de água de circulação do reator.

O superintendente de Angra 1, Abelardo Vieira, ressalta que todos os objetivos foram cumpridos com sucesso. “É preciso muito planejamento e organização para que tudo dê certo. Ainda mais em uma parada longa como essa, que envolveu a troca dos transformadores, um procedimento bastante complexo. Mas, graças à competência e à dedicação dos nossos profissionais, obtivemos êxito”, comenta.

No total, foram realizadas quase 4,5 mil tarefas que precisavam ser feitas com a usina desligada. Para efetuá-las, foram contratadas firmas nacionais e internacionais, que mobilizaram em torno de 1,4 mil profissionais, sendo 99 estrangeiros, para dar suporte aos profissionais da Eletronuclear.