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De olho nos movimentos tecnológicos, a GE se prepara para a adoção da Internet das Coisas nos equipamentos de transmissão de energia. O conceito, que consiste deixar os objetos usados diariamente conectados na grande rede de modo a transmitir dados, tem sido testado pela empresa. De acordo com César Amaral, diretor da unidade de Transformadores de Energia da GE Power, em Canoas (RS), o movimento de IoT é irreversível. “Vai se tornar primordial, é uma questão de tempo, não conseguiremos conviver sem aqueles sinais ou operações que os produtos fazem”, afirma.
Segundo o executivo, ainda não é possível prever em quanto tempo a IoT vai chegar em todo o setor, mas ele deixa claro que de certa forma o processo já está em curso. Transformadores já são dotados de sensores para aferirem índices essenciais na operação, como o fator de potência, umidade do óleo e gás no óleo. “Falta interligar isso na internet das coisas e ter acesso online 100% do tempo”. Há uma intensa pesquisa para se avaliar o impacto desses investimentos e os seus custos, segundo Amaral. Ele conta que a mudança é de interface entre máquinas simples que atuam em nível básico e que passarão a ser um produto diferenciado para o cliente. “O custo disso tem que ser quantificado mas ao longo do tempo acaba se diluindo”.
A empresa já vem se colocando na vanguarda do tema. A empresa tem uma espécie de “gêmeo digital” em que o equipamento tem um equivalente digital que registra e avalia as solicitações ao longo da vida útil para que as intervenções sejam feitas no momento certo. Ele pode dizer qual o status da operação e em quanto tempo ele pode vir a apresentar algum tipo de problema. Amaral vê a transmissão mais desenvolvida que a distribuição na IoT, com o gerenciamento das redes elétricas já com um histórico, faltando integrar a performance das máquinas.
Leilão de LTs – A fornecedora de equipamentos está otimista para o leilão de LTs que deve ser realizado até o fim do ano. Para Amaral, esse certame virá em um momento melhor ainda, o que possibilitará bons resultados, como foram os conseguidos nos dois últimos. O executivo acredita que haverá lotes médios, que levarão a disputa tanto de grandes construtores quando dos médios. “A GE está muito motivada para consolidar a presença no mercado e ter um resultado muito positivo”, observa.
A fábrica de Canoas que tem capacidade de 16.500 MVA/ano e 260 colaboradores, atende a projetos em corrente contínua e alternada e é demandada pelo mercado nacional e internacional. No momento, há muitos projetos de exportação devido à queda de demanda dos últimos anos. Colômbia e Coréia do Sul são alguns dos países com pedidos.
* O repórter viajou a convite da GE