O volume de energia total distribuída pela EDP Brasil aumentou 0,5% de janeiro a setembro deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado. O volume acumulado passou para pouco mais de 18,4 milhões de MWh. Já no terceiro trimestre houve um crescimento de 2,3% ante o mesmo período de 2016. Os destaques ficaram com a demanda residencial e a de consumidores livres que apresentaram crescimento em ambos os períodos, sendo de 0,4% e 18,5% na base anual e de 1,3% e de 18,8% na trimestral.
Considerando apenas o mercado cativo houve quedas tanto no ano quanto no trimestre, de 9,3% e de 7,4%, respectivamente. A empresa aponta que esse comportamento deve-se ao grande número de migrações de clientes do mercado cativo para o mercado livre, motivados pelos preços atrativos do ambiente de contratação livre verificados ao longo de 2016 e início de 2017. Segundo os cálculos da EDP, o total de migrações dos últimos 12 meses foi de 250 consumidores, entretanto, essa migração tem apresentado redução ao longo dos trimestres de 2017 em função do aumento expressivo do PLD ante o mesmo período de 2016. O resultado do mercado cativo permanece sendo afetado pelo ritmo mais lento da atividade econômica do país.
Diferentemente da demanda residencial, o consumo na classe comercial apresentou reduções de 11,5% e de 13,5%, na base trimestral e anual, respectivamente, refletindo a migração de clientes do mercado cativo para o mercado livre. Por esse mesmo motivo, o consumo da classe industrial apresentou redução de 21,9% e de 29,4%, nas mesmas bases, respectivamente.
Com essa continuidade da migração foi verificado aumento de 18,3% na energia que é destinada ao mercado livre no trimestre encerrado em setembro e de 18,5% no acumulado do ano.
O volume total de energia vendida pela EDP no trimestre foi de 3.505 GWh, redução de 2,9% em relação aos 3.608 GWh vendidos no período de comparação. No acumulado do ano, o volume total é de 10.325 GWh, redução de 2,7%. O volume originado da fonte hídrica, conforme critério de consolidação, foi de 1.811 GWh no trimestre, queda de 4,7% em relação ao mesmo período de 2016, reflexo do menor volume de energia contratada de Enerpeixe e Energest. No acumulado do ano, o volume reduziu 8,2%, alcançando 5.221 GWh. A empresa lembrou que a parcela de energia descontratada para esse ano é de 11%, índice que corresponde a 114 MW médios. Contudo, a empresa contratou mais 70 MW médios o que dá 18% de sua garantia física como hedge ao GSF.
Já os ativos não consolidados pela empresa que são as UHEs Santo Antônio do Jari e Cachoeira Caldeirão, apresentaram volume de energia vendida de 336 GWh, redução de 4,4%. No acumulado do ano, o volume de energia vendida foi de 1.074 GWh, aumento de 21,5% em relação ao mesmo período do ano anterior, decorrente da entrada em operação escalonada da UHE Cachoeira Caldeirão, em 2016. Quanto à geração térmica os volumes ficaram praticamente estáveis em relação ao mesmo trimestre de 2016 e no acumulado do ano há uma redução de 0,4%.
O volume de energia comercializada totalizou 5.093 GWh, aumento de 53,7%, já no acumulado do ano, o total de energia comercializada foi de 12.042 GWh, 34,3% superior aos nove meses de 2016.