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Instituições voltadas para o desenvolvimento de atividades de planejamento, a brasileira Empresa de Pesquisa Energética e a alemã Agora Energiewende pretendem estreitar o relacionamento e a troca de experiências entre os dois países. O primeiro passo nesse sentido foi dado com a realização do workshop “O Futuro do Setor Elétrico – Segurança e Flexibilidade nos Contextos de Brasil e Alemanha”, promovido pelo Instituto Clima e Sociedade nesta terça-feira, 17 de outubro, no Rio de Janeiro, com o apoio das duas entidades. O encontro focou principalmente nas possibilidades em torno da inserção de renováveis na expansão da geração.

Presente à abertura do evento, Luiz Augusto Barroso, presidente da EPE, destacou que, apesar das especificidades e das realidades distintas vividas em ambos os mercados, o processo de substituição da matriz energética alemã promovido ao longo dos últimos 15 anos pelos governos do país, de fontes fósseis para renováveis, pode trazer ensinamentos, especialmente na inserção de novas tecnologias. Ele reforçou os atributos das novas renováveis no Brasil, entre eólica, solar e pequena central hidrelétrica – fontes cujos projetos são de menor porte, menos intensivos em capital e que robustecem o sistema elétrico em casos de atrasos.

“Os ganhos com esses empreendimentos passam ainda pelo fato de estarem localizados próximos aos centros de carga, de demandarem processos ambientais mais simplificados e se complementares com outras fontes limpas, como é o caso das eólicas e das hidrelétricas”, frisou o executivo. No contexto das reforma institucional com o novo modelo regulatório, Barroso reforçou que aspectos como a adequação da alocação do preço e do sinal econômico irão nortear a expansão. “Queremos eficiência”, observou. Segundo ele, o Ministério de Minas e Energia recebeu cerca de 215 contribuições de empresas e entidades na Consulta Pública 33.

Pelo lado alemão, o vice-presidente da Agora Energiewende, Markus Steignberger, apresentou os desafios da Alemanha no processo de inserção de eólica e de solar em lugar de fontes fósseis no âmbito do processo de redução das emissões de gases de efeito estufa, cujas metas, segundo ele, não deverão ser alcançadas sem a tomada de medidas adicionais ainda mais ambiciosas. De acordo com o executivo, já há o compromisso de desligamento de todas as usinas nucleares do país até 2022. Steignberger abordou ainda o impacto de preços incorrido na adoção de alternativas ainda sem tanta escala no país, como baterias elétricas.

Apesar disso, ele reforçou a forte queda nos custos de fontes que já são largamente utilizadas na Alemanha, como a solar. O vice-presidente da Agora exemplificou que a implantação de painéis fotovoltaicos está abaixo dos 2 centavos de euro por kWh, em muitos mercados. O evento no Rio contou ainda com a participação de representantes de órgãos como o Operador Nacional do Sistema Elétrico, a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica e a Agência Nacional de Energia Elétrica, além de especialistas do Programa de Planejamento Energético da Universidade Federal do Rio de Janeiro e do Instituto de Energia e Meio Ambiente.