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A decisão da Agência Nacional de Energia Elétrica de revogar a outorga da UTE Rio Grande (RS – 1.200 MW) foi motivada pela fragilidade da proposta de venda apresentada pela Bolognesi Energia, que tentava negociá-la com a americana New Fortress. A usina foi viabilizada no leilão A-5 de 2014. De acordo com o diretor da Aneel, José Jurhosa, essa tentativa não apresentava segurança que trouxesse a certeza da entrada em operação do projeto. “Vimos que não havia dentro do prazo horizonte para a usina se concretizar”, explicou o diretor, que participou da abertura do Energy Expo Fórum, realizado nesta quarta-feira, 18 de outubro, em São Paulo (SP). Ainda de acordo com ele, não havia certeza de quem supriria o gás após a Shell sair do negócio.
Jurhosa se defendeu das críticas que a agência teria sido mais benevolente com o outro projeto térmico da Bolognesi, a UTE Novo Tempo (PE – 1.200 MW), que foi vendida para a Prumo Logística e transferida para o Rio de Janeiro, no Porto do Açu. Segundo o diretor, essa proposta estava melhor estruturada. Questões como a transferência de estado, o suprimento e o terminal de GNL estão sendo resolvidas e demandarão novos custos que serão pagos pelo novo dono. Ontem foi dado um prazo maior para que a Prumo apresentasse esses novos planos. “Se até o fim desses prazos não houver um plano, a Aneel vai revogá-la também”, avisa.
O governo do Rio Grande do Sul vem tentando mudar a decisão da Aneel. Na última semana, políticos do estado criaram uma frente parlamentar e secretários estaduais procuraram a própria Aneel e o MME. A UTE Rio Grande seria um investimento bilionário no estado. Jurhosa disse achar difícil que o processo de revogação seja revertido.