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A Economia Verde, linha de financiamento do Desenvolve São Paulo, espera terminar 2017 financiando R$ 70 milhões em projetos de eficiência energética. De acordo com Álvaro Sedlacek, diretor financeiro e de negócios da agência de desenvolvimento, a expectativa é que o valor possa crescer nos próximos anos. “Queremos financiar muito mais que isso”, avisa o diretor, que participou nesta quarta-feira, 18 de outubro, de debate no Fórum Nacional de Eficiência Energética, em São Paulo (SP).

A linha financia projetos sustentáveis como a redução de consumo de energia e a troca de combustíveis fósseis por renováveis. Ela dá condições especiais de financiamento, como prazo de pagamento de até dez anos com dois anos de carência. Segundo Sedlacek a agência também quer no ano que vem fomentar projetos de geração distribuída movidos a energia solar e a biomassa. A projeção é de financiamentos de R$ 200 milhões em 2018. “Queremos facilitar ao máximo a análise desses processos que vierem para nós”, explica.

Ele lembra que muitas vezes, apesar de haver o dinheiro da agência disponível, o projeto não consegue ser aprovado, por chegarem em um estado em que ainda não podem ser financiados. A condição financeira das empresas também influencia, já que é necessária atender as regras do Banco Central. Ainda segundo ele, projetos são inviabilizados por falhas nas perspectivas de resultados e na projeção de ganhos e custos. “Ele se torna inviável quando por qualquer variação, o serviço da dívida se torna impagável”, aponta. Como antídoto para isso, ele acena com o prazo de até dez anos, que dá previsibilidade. Segundo ele, para um projeto de geração ou de eficiência, o prazo longo é tão importante quanto a taxa.

O movimento de procura espontânea pelos financiamentos continua baixo, mas tem crescido ao longo do tempo. A agência tem buscado se apresentar mais aos consumidores em potencial, de modo a se tornar conhecida.