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A descotização da energia da Eletrobras, que está prevista na CP 33, pode trazer um impacto médio de 7,9% sobre o valor da tarifa de aplicação. Esse índice dependerá diretamente do cenário a ser adotado pelo governo. A elevação foi calculada ao considerar a retirada de toda a energia de cotas da Eletrobras desse sistema, que soma 7,8 GW médios (63% dos 12,3 GW cotizados), ao valor de R$ 200/MWh como preço de reposição.

O cálculo foi apresentado pelo sócio administrador da TR Soluções, Paulo Steele durante o 5º Forum Nacional dos Consumidores Livres, evento realizado pelo Grupo CanalEnergia e que faz parte da 1ª edição do Energy Expo Forum, em São Paulo. O executivo destacou que o efeito é diverso de acordo com a alocação dessa energia por distribuidora. Nesse cenário, o maior impacto seria de 11,6% a ser percebido na área de concessão da Ceal. Entre 38 distribuidoras analisadas, em 24 o impacto seria menor que o índice médio ponderado calculado. O menor desses indicadores ficaria na Amazonas Energia, com 0,55%.

Outro impacto que a CP 33 pode trazer ao setor elétrico vem com a proposta de centralização de contratos. De acordo com a TR a tendência é de que os valores médios do que foi classificado como ‘PMixão’, ou seja, que reúne os contratos das distribuidoras em um só ambiente, eleve mais os preços dos contratos de menor custo e reduza menos os de valor mais elevados. O cálculo feito aponta um valor médio de contratos nesse ambiente centralizador de R$ 174,44 e não considera os contratos bilaterais das distribuidoras.

Segundo Steele, são esses acordos bilaterais que tem influência sobre o benefício de centralizar esses contratos de energia. Em um cenário atual o preço médio de contratos é de R$ 179,50/MWh com teto de R$ 216,81/MWh e piso de R$ 138,03/MWh. Já o mix bilateral é de R$ 226,53/MWh, ao separar esse grupo de contratos o valor obtido é justamente o Pmixão, onde o teto cai para R$ 215,41/MWh e o piso de R$ 145,26/MWh.

“As empresas que têm menor tarifa tem um aumento maior enquanto aquelas com tarifa mais alta terão uma queda moderada. Ou seja, piora para quem tarifa mais baixa e não melhora tanto para o custo mais alto. E isso deve-se aos contratos bilaterais”, explicou Steele. “Como a centralizadora não considera esses acordos bilaterais a perspectiva é de que sejam percebidos os benefícios apenas ao final do prazo desses contratos, daqui a nove anos, a duração média”, apontou.

Ao final desse período, a média de preços do Pmixão poderia ficar em R$ 177,77/MWh. Esse cálculo foi feito por Steele a pedido da Agência CanalEnergia. Nesse caso, foi aplicado a média paga no ACR de hoje para a energia a ser reposta pelas distribuidoras que e de R$ 208,72/MWh.