fechados por mês
eventos do CanalEnergia
mantenha-se informado
sobre o setor de energia.
O avanço tecnológico que a distribuição de energia está experimentando no mundo, com o adensamento de temas como a geração distribuída, veículos elétricos e do armazenamento de energia, deverá fazer no Brasil com que as concessionárias se aproximem cada vez mais dos consumidores. De acordo com Daniel Mendonça, diretor da Associação Brasileira das Distribuidoras de Energia Elétrica, oferecer serviços agregados de energia pode ser um desses caminhos de aproximação. “Ela vai auxiliá-lo com informações que a rede inteligente permite, a otimizar decisões que vão otimizar o consumo dele na sua residência, empresa ou fábrica”, explica o diretor, que participou de painel no Energy Expo Fórum, realizado em São Paulo (SP) nesta quinta-feira, 19 de outubro.
Ainda segundo o diretor, esse consumidor do futuro está cada vez mais exigente, aumentando o seu grau de influência. Dentro desse cenário, ele quer o uso de energias renováveis e ser uma espécie de agente transformador. Hoje, a maioria dos grupos de distribuição está buscando atuar na área de serviços, como a instalação de sistemas de geração distribuída, diagnósticos energéticos. Mendonça dá ainda como exemplo de serviço futuro dentro dessa revolução tecnológica o monitoramento do consumo no horário de pico. “No momento em que a energia passa a ter tarifas diferenciadas por horário e a carga tem um custo maior, ele tendo essas outras ferramentas que a distribuidora pode prever, permite a ele um gerenciamento mais eficiente”, aponta.
O Brasil ainda não está no mesmo patamar de modernidade que muitos países da Europa e os Estados Unidos, em que o consumidor já pode atuar de forma mais proativa. Para o diretor da Abradee, ainda são necessários muitos passos para que o país se aproxime desse retrato. Mas nesse âmbito, seria necessário um pesado investimento em redes elétricas inteligentes que fosse reconhecido na sua base regulatória, o futuro ficaria mais próximo. “As demandas dos consumidores seriam atendidas”, revela.
No painel, o diretor da PSR Bernardo Bezerra ressaltou que o consumidor deve ter um poder mais ativo e participar mais dos processos que o afetam. Segundo Bezerra, nas discussões em audiências públicas, os consumidores têm um percentual de participação baixa. Na AP sobre a remuneração dos ativos de transmissão, um tema que afeta de forma importante os consumidores, a participação deles foi de apenas 20%.