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O segmento  de comercializadoras aponta para uma janela de oportunidade na contratação de energia no mercado livre caso as chuvas do período úmido fiquem dentro da normalidade. A curva de preços futuros vem apresentando uma pequena vantagem ainda, o que coloca o segmento como vantajoso para a migração de consumidores. E essa janela ainda pode ser aproveitada não somente para os novos consumidores, mas para aqueles que também precisam repor seus contratos.

O diretor da Ecom Energia, Marcio Sant’Anna, lembrou que o preço da energia está intimamente ligado aos volumes de chuvas que são registrados, principalmente no período úmido, que começa em novembro e se estende até abril. Atualmente o país conta com armazenamento de cerca de 18% no SIN e essa janela pode chegar com a chegada desses volumes. Ele comentou durante o painel Avaliando a Migração para o Mercado Livre no 5º Fórum Nacional dos Consumidores Livres, evento realizado pelo Grupo CanalEnergia e que faz parte da 1ª edição do Energy Expo Fórum, que os preços estão elevados mas os futuros ainda apresentam vantagem ante o regulado.

Segundo a curva de preços da BBCE para o produto convencional mensal com ponto de entrega no submercado SE/CO para operações em outubro está em R$ 456/MWh, um valor R$ 77/MWh abaixo do PLD teto que tem vigorado nas últimas semanas. Para o final do mês e ano que vem o valor segue ladeira abaixo com novembro a R$ 390,97/MWh, dezembro a R$ 274,40/MWh e 2018 a R$ 237,91/MWh.

O presidente da América Energia, Andrew Storfer, lembra que o mercado livre, apesar de preços mais elevados ainda é atraente aos consumidores livres. Ele justifica esse posicionamento ao argumentar que é justamente no ACL que as empresas encontram boa gestão e certeza de economia, o principal beneficio desse segmento. “Se uma empresa contratar hoje a energia para daqui a dois anos já se sabe quanto pagará, agora eu, como pessoa física não tenho ideia de quanto custará a minha energia no mês que vem”, argumentou o executivo que moderou o painel.

Por isso, comentou, essa questão da previsibilidade é importante e afeta as decisões das empresas. E lembra que mitigar essa incerteza quanto ao custo do insumo é fundamental por conta da volatilidade de preços como vemos e que dependem diretamente de fatores como o desempenho da economia e das vazões do próximo período.

O presidente da Comerc, Cristopher Vlavianos, acrescentou ainda que a economia para 2018 ainda não se mostra muito grande como já foi vista no passado até pelas perspectivas atuais de vazões. Mas, apontou, em 2019 é possível que se consiga retomar o nível de redução de custos já verificado anteriormente. Um dos fatores é a elevação das tarifas no ACR como a que foi autorizada pela Agência Nacional de Energia Elétrica nesta mesma semana que chegou a patamares de 25%. No ACL, continuou, o consumidor tem uma proteção dessas oscilações.

Mas, cada vez mais o segmento de comercialização de energia tem que conviver com um número mais elevado de novos consumidores em função das perspectivas de abertura do mercado livre. Para Storfer, o novo consumidor tem novas demandas que passam pela gestão da energia como ações de eficiência energética, por exemplo, que não é mais simplesmente o apagar a luz como no passado, passa por um amplo projeto de substituição de equipamentos como motores elétricos e outras medidas.

Essa é a mesma opinião de Vlavianos, da Comerc. Ele corrobora a necessidade de não apenas migrar. Há a necessidade de oferecer solução mais ampla de serviços. “Hoje o cliente acorda já pensando em como reduzir seus custos”, comentou.

Segundo dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, a média de migrações de consumidores livres vem se reduzindo. Mesmo assim no mês de outubro ficou em cerca de 20 empresas. E ainda há 260 consumidores em processo de adesão.